Morto na saída de bailão no Cachoeira

Mais um homem foi assassinado a tiros na saída de um bailão da Avenida Anita Garibaldi, no Cachoeira. Por volta das 5h30 de sábado, Márcio José Augusto, 35 anos, foi encontrado morto do lado de fora do barracão.

Segundo apurado pela Polícia Civil, um amigo dele também teria sido baleado, mas não se sabe o paradeiro do rapaz. Há 15 dias, outro homicídio foi registrado no local e a violência preocupa a vizinhança.

O delegado Rafael Vianna, da Delegacia de Homicídios, foi até o local do crime, mas encontrou o barracão fechado. Ele apurou que o rapaz estava no bailão com três amigos, quando ocorreu o entrevero.

A motivação da briga ainda é desconhecida, bem como a autoria do crime. “Ficou a dúvida se ele foi baleado dentro ou fora do bailão. Havia um pouco de sangue na porta, mas pode ser de uma situação antiga”, disse.

O jovem levou dois tiros na barriga à queima-roupa e outro nas nádegas e tombou morto ao lado de um poste, do outro lado da rua, onde havia um boné branco sujo de sangue.

Incômodo

Uma vizinha, que não quis se identificar, contou que ouviu uma discussão e gritaria de madrugada, mas não se arriscou a sair de casa. A mulher disse que o bailão vem funcionando há cerca de três anos e a noitada começa sempre depois da meia-noite.

Desde então, a vizinhança não tem sossego com a música alta e as brigas entre clientes alcoolizados, que volta e meia terminam em morte. “Há um ano encontrei um corpo aqui no meu terreno. Mataram e jogaram aqui”, lembrou a mulher.

“Isso é uma carnificina. Quinze dias atrás mataram outro aqui na frente”, contou outro vizinho, referindo-se ao homicídio registrado no sábado retrasado. Na ocasião, Valdir de Oliveira, 32, foi morto a tiros na saída do bailão onde se encontrou com o assassino.

O amigo da vítima, Luiz Fernando Sagais dos Santos, 21, foi ferido na perna. Familiares de Valdir comentaram que um desacerto na negociação de um carro motivou o crime.

Segundo a vizinhança, o barracão é alugado e o dono do terreno é de uma tradicional família curitibana. “As autoridades têm que fazer alguma coisa. Esse lugar tem que fechar”, implora.