Morto com tiro no pescoço

O guardador de carros Manoel Rodrigues Batista, 23 anos, foi morto com um tiro no pescoço às 11h de ontem, na Rua Prado Velho, Conjunto Bonilauri, em Pinhais. O autor do disparo foi o soldado da Polícia Militar, lotado no Centro de Operações da PM (Copom), Didi Ferreira de Siqueira, 33, que se apresentou na delegacia pouco depois do crime.

O escrivão Vilibaldo Góes, da DP de Pinhais, ouviu o soldado e informou que Didi alegou ter agido em legítima defesa. “Ele disse que estava saindo de casa com sua mulher, grávida de cinco meses, quando Manoel o atacou. O soldado saiu no portão e o rapaz foi em sua direção”, relatou Vilibaldo. De acordo com o PM, eles entraram em luta e Manoel teria tentado apanhar sua arma, um revólver calibre 38, momento em que efetuou um disparo. “O soldado foi conduzido ao Instituto Médico Legal para exames de lesões. A sorte é que ele é canhoto e o rapaz segurou seu braço esquerdo”, acrescentou o escrivão.

De acordo com a mulher da vítima, Daniela Aparecida Celestino, seu marido saiu de casa somente para comprar açúcar. “Ele era trabalhador. Isto que estão falando é mentira. Não sei porque o policial o matou”, lamentou Daniela, que tem dois filhos com Manoel. “Não sei dizer o que aconteceu porque eu estava trabalhando quando assassinaram meu marido”, completou a mulher.

O cunhado da vítima, Gilberto da Silva, disse que Manoel era trabalhador e não tinha envolvimento com a polícia. “Eu estava fazendo um suco e quando fui adoçar vi que não tinha açúcar. Pedi para ele ir comprar. Pouco depois soube da notícia de sua morte”, relatou Gilberto. “Foram me contar que um policial militar atirou nele. O Manoel não era bandido, era um batalhador”, afirmou Gilberto.

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