Morto a machadadas em Campina Grande do Sul

José Milquíades Pedroso, 46 anos, o “Quito”, não apareceu para trabalhar na área de reflorestamento e seu patrão estranhou. No final da tarde de ontem, o patrão olhou pela janela da casa que a empresa Horto Bom Retiro cedeu para que José morasse e descobriu o motivo da falta. “Quito” estava morto sobre a cama, atingido com um golpe de machado na nuca. Em cima da mesa da cozinha foi encontrado um bilhete com o nome do possível assassino.

A última vez que o empresário havia visto José foi na sexta-feira, quando efetuou o pagamento da semana e o deixou na casa, localizada na Estrada do Barro Branco, localidade de mesmo nome, em Campina Grande do Sul. Ele ficou ali junto com outro empregado, conhecido apenas por Darci. O local é anexo a uma madeireira desativada e próximo à área de reflorestamento de pinus, na qual os dois deveriam trabalhar na segunda-feira.

Na manhã de ontem, o empresário estranhou a ausência dos empregados, mas como a casa estava trancada, imaginou que José teria ido à cidade buscar mão-de-obra. Com o passar das horas, ele e mais um capataz resolveram fazer uma verificação na residência e viram o corpo da vítima pela janela do quarto. Em seguida chamaram a Polícia Militar, que por sua vez avisou a delegacia da cidade.

Bilhete

O investigador Fabiano e o escrivão Jonas arrombaram a porta da casa. Sobre a mesa da cozinha encontraram um bilhete manuscrito, com um aviso: “Bugre Darci matei o Quito”. No fim do pequeno corredor estava o corpo de José, já enrijecido. Segundo levantamento do perito Alcebíades, da Polícia Científica, o assassinato deve ter ocorrido de sábado para domingo. A arma utilizada, um machado, estava ao lado da cama, sujo de sangue.

O bilhete é a primeira pista a ser seguida pela polícia. “Ele deverá passar por um exame grafotécnico para sabermos se foi Darci mesmo quem o escreveu”, afirmou o investigador. O suspeito está sendo procurado pela polícia, que já tem algumas hipóteses de seu paradeiro. Segundo comentários no local, Darci teria passagem por homicídio, na cidade de Ortigueira. “Esse tipo de crime é incomum nessa região, na verdade é o primeiro em três anos que trabalho na delegacia”, comentou o investigador que deu atendimento à ocorrência.

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