Morte na rodada de caipirinha

As costumeiras rodadas de cachaça entre vizinhos, que aconteciam na casa de Marcos Moraes de Oliveira, 26 anos, resultaram na morte de um deles na noite de sexta-feira. O pintor Erivelton Antônio dos Santos, 58, foi baleado com um tiro na cabeça, disparado provavelmente por Luciano Prost, vulgo “Tripa”, conhecido pelos moradores do bairro como um indivíduo violento.

O crime aconteceu por volta das 19h, quando os três amigos, Marcos, Erivelton e Luciano, tomavam “caipirinha”, sentados em um banco no quintal da casa, localizada na Rua Haroldo Cordeiro, Vila São José, CIC. Segundo Marcos, ele apenas ouviu o som de um tiro, já que naquele momento ele tinha ido até a casa da cunhada, nos fundos do terreno, buscar limão e açúcar para preparar mais uma dose da bebida. Assim que escutou o barulho, o rapaz correu e encontrou Erivelton agonizando no chão. “Perguntei o que tinha acontecido, já que a gente estava conversando numa boa, e o “Tripa” disse que o Erivelton se matou, mas duvido disso”, contou.

Ao ver que o homem estava gravemente ferido, Marcos ajudou “Tripa” a carregá-lo até o portão da casa. Depois disso o suposto assassino arrastou Erivelton até o outro lado da rua, pediu para Marcos chamar socorro e fugiu.

Matador

O servente de pedreiro José Marcos Bahl, 32 anos, contou que por volta das 18h30 ele foi até a casa de Marcos para reunir-se com os amigos, mas resolveu ir embora depois que viu “Tripa” com um revólver, calibre 38, com a numeração raspada. “Ele contou que tinha pego uma arma, mostrou-a pra mim, apontou na minha direção e atirou. Só não morri porque o revolver estava sem bala. Aí mandei ele parar de “besteira”, tomei uns goles da cachaça e resolvi ir embora. Chamei Erivelton, mas ele quis ficar lá”, contou.

Segundo o soldado Fagundes do 13.º BPM, “Tripa” já é velho conhecido da polícia, possui várias passagens e matou várias pessoas. No local, moradores contaram que, há cerca de dez dias, ele cortou a orelha de um homem com um facão e saiu pelas ruas da Vila São José exibindo-a como “troféu”.

Os investigadores da Delegacia de Homicídios estiveram no local e começaram a ouvir testemunhas do crime.

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