Há dois anos, Rachel Maria Lobo de Oliveira Genofre, de 9 anos, saía da escola, no centro, para nunca mais voltar. Era 3 de novembro e seu corpo foi encontrado, na noite seguinte, em uma mala, embaixo da escadaria na rodoferroviária.

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Até agora, algumas suspeitas foram levantadas, mas nenhuma se confirmou e a polícia ainda está na estaca zero. Para Maria Cristina de Oliveira, mãe de Rachel, a pressa de encontrar o assassino no início das investigações atrapalhou.

“Não fizeram uma perícia correta e faltaram levantamentos que ajudariam a tirar as dúvidas que surgem hoje em dia”, afirma. A dor da perda é mais intensa no cotidiano. “Ainda guardo os pertences dela e tenho a sensação de que vou chegar em casa e encontrá-la”.

Esperança

Maria Cristina acredita que a justiça será feita. “Ainda temos esperança, porque existem várias crianças por aí que podem estar correndo risco. Estamos lutando para conseguir prender este maníaco”.

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Elza Campos, coordenadora nacional da União Brasileira de Mulheres no Paraná (UBM-PR), deduz que o assassino era conhecido da garota. “Ela era muito inteligente, muito esperta, dificilmente sairia com um estranho. Se alguém fosse impor a ela a saída da praça ou a arrastasse, alguém teria visto”.

Homenagem

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A entidade realizará uma caminhada no sábado, às 10h, da Boca Maldita até a Praça Rui Barbosa, onde Rachel desapareceu. Às 19h30, será celebrada uma missa em homenagem a menina na Igreja do Perpétuo Socorro.

Buscas não cessam

O material genético do assassino, deixado no corpo da vítima, é a única pista concreta que a polícia tem para tentar localizar o maníaco. Mais de 50 suspeitos foram submetidos a testes de DNA e a cada nova prisão, uma carga de esperança preenche o coração dos familiares da menina, que buscam por justiça.

A Delegacia de Vigilância e Capturas realiza há dois meses uma operação para prisão de acusados de pedofilia. A expectativa é que, entre eles, esteja o maníaco que matou Rachel. Pelo menos 30 suspeitos já foram detidos. Rachel foi vista pela última vez na Praça Rui Barbosa, onde pegava o ônibus que a levaria para casa, na Vila Guaíra.

Estrangulada

Quando foi encontrada, estava em sacos plásticos e enrolada em um lençol verde. Rachel estava sem a calça do uniforme do Instituto de Educação Professor Erasmo Pilotto, sem o par de tênis, apresentava marcas de estrangulamento e, posteriormente, foi comprovado que ela foi vítima de abuso sexual. O troféu que Rachel ganhou de um concurso de redação na escola desapareceu, junto com uma mochila de nylon e outros pertences.