Morre vigilante baleado na cabeça

O segurança particular Luciano Freitas Strapassola, 27 anos, baleado terça-feira quando trabalhava no Atuba, morreu quinta-feira à noite no Hospital Cajuru. Os autores do crime ocupavam um Gol branco e seriam comparsas de um rapaz preso naquela mesma noite, acusado de tentativa de furto de um carro.

Morador do Alto Maracanã, Luciano era agente comunitário de segurança no Atuba. Na noite de terça-feira, ele acompanhou a prisão de Fábio Gonçalves da Pinha, 21 anos. Este e um cúmplice estariam tentando furtar um Corsa prata estacionado na Rua João Fonseca Mercer, naquele bairro. Um morador percebeu, gritou e populares seguraram Fábio até a chegada da PM, que o prendeu em flagrante às 20h20. O segundo suspeito entrou num matagal e escapou da prisão. Percebendo a balbúrdia, o segurança apareceu em seu Fiat Uno, com a marca da empresa na lataria, e apenas acompanhou o episódio.

Telefonema

Fábio foi colocado em um camburão do Regimento de Polícia Montada e levado ao 5.º Distrito Policial, no Bacacheri. Durante a revista, o soldado Kindermann apreendeu um telefone celular escondido na cueca do suspeito. O aparelho registrava uma chamada às 20h58, horário em que Fábio estava dentro da viatura. “Vi que ele se abaixou. Deveria estar atendendo o telefonema”, falou o PM.

Pouco depois das 21h, veio a informação de que Luciano fora baleado numa rua próxima. Ele dirigia o Uno quando um Gol branco, modelo antigo, ocupado por três indivíduos, cruzou em sentido contrário. O passageiro debruçou-se sobre a janela e atirou quatro vezes. Três balas acertaram o Uno e uma, a cabeça do agente. O Siate levou Luciano inconsciente ao Hospital Cajuru, onde ele morreu às 19h45 de quinta-feira.

Uma testemunha, ouvida pela polícia, revelou que os ocupantes de um Gol branco apanharam no mato o outro acusado da tentativa de furto ao Corsa. O carro tem as mesmas características do usado pelos matadores do segurança.

Policiais do 5.º DP contataram os números gravados na memória do celular de Fábio e apuraram nomes dos supostos ocupantes do Gol. Segundo o superintendente do distrito, Peter Costa, há duas hipóteses para o crime. A primeira é que o comparsa de Fábio, ou ele próprio, tenham visto Luciano no local da prisão e suspeitado que ele tivesse os denunciado. Então, por vingança, ele foi morto. A outra é de uma rixa antiga..

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