Morre ladrão que foi baleado por policiais

Morreu o assaltante que trocou tiros com policiais do Cope – Centro de Operações Policiais Especiais. Agnaldo Elias Naldo, 30 anos, foi ferido com um tiro na cabeça e outro na coxa, às 14h40 de quarta-feira, durante uma tentativa de assalto, contra a agência de Turismo Costa do Sol, na Rua Comendador Macedo, próximo ao cruzamento com a Dr. Faivre, no centro da cidade. Levado ao Hospital Cajuru pelo Siate, ele não resistiu e morreu 20h40 do mesmo dia. Horas depois, seu comparsa, Francisco Conrado de Brito, 23 anos, foi preso em sua casa, na Vila Nossa Senhora da Luz. Ele também foi ferido com um tiro na perna. Os policiais o levaram até o Hospital Evangélico, onde ele foi medicado e depois conduzido ao Cope, sendo autuado em flagrante pelo delegado Roberto Fernandes. Os outros dois bandidos que participaram do roubo foram identificados. Um deles é Sinval de Almeida, o “Tuti”, e o outro conhecido pelo apelido de “Zezinho”. Os dois estão sendo caçados pela polícia.

Plano

Francisco contou que foi ele quem teve a idéia do assalto. “Eu estava passando em frente da agência na tarde de terça-feira. Entrei, fiz umas perguntas e observei. Achei que ali tinha grana e fui falar com meu irmão Agnaldo”, relatou o detido. Ele disse que almoçou na casa de Agnaldo, anteontem, e Zezinho e Sinval também participaram da reunião. Horas depois, o quarteto, armado com revólveres, se dirigiu à agência de turismo, com dois carros: o Gol de Agnaldo e um Palio vermelho. Assim que entraram e deram voz de assalto, foram surpreendidos pela polícia. “Foi `bala’ para todo lado. O Agnaldo caiu ferido, com um tiro na cabeça. Eu ia socorrê-lo, mas ele estava morrendo. Naquele estado eu não poderia fazer nada. O jeito foi fugir”, salientou Francisco. Ele garantiu que se separou de “Zezinho” e Sinval naquele momento. “Peguei um táxi e fui para casa. Acho que eles fugiram de carro. Eu estava ferido, mas se procurasse um hospital, a polícia ia me achar. Pensei em esperar alguns dias, mas não deu certo. A polícia me encontrou antes”, lamentou o rapaz, que tem uma ficha criminal extensa, por roubo. Ele fugiu em março da Colônia Penal Agrícola, em Piraquara, onde cumpria pena de seis anos por roubo. “Eu fiquei um ano preso e depois que fugi não pratiquei nenhum assalto. Este foi o primeiro”, garantiu.

Perigoso

O delegado Roberto Fernandes informou que os comerciantes daquela região estavam reclamando dos ataques dos marginais. Por este motivo, na tarde de quarta-feira, policiais fizeram ronda e deram sorte, impedindo o roubo. “Todos os assaltantes têm passagens pela polícia, mas o mais perigoso era Agnaldo. Ele respondia a dez inquéritos pelos crimes de roubo, formação de quadrilha e receptação”, ressaltou o delegado. Roberto disse que as investigações continuam no sentido de apurar outros crimes cometidos pelo grupo.

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