Moradores de Tamandaré reclamam de arruaça

Com a chegada do final de semana, os moradores da Rua Benjamim Carlesse, em Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana de Curitiba, começam a ficar apreensivos. É que a via fica lotada, todos os domingos, de jovens que vêm de outras cidades da região e transformam o local em um ponto de encontro. Eles trazem muita bebida e fazem competição de som. A “festa” só acaba na madrugada de segunda-feira.

Os moradores afirmam que o problema já dura mais de um ano. Os jovens escolheram a rua porque ela não tem saída, porém, acabam atrapalhando a vida de quem mora no local. A diarista Maria Helena Wosniak diz que eles estacionam os carros na frente das garagens das casas, e os moradores não conseguem sair. Além do consumo de bebidas, diz o aposentado Dionel Bastos Cordeiro, esses jovens também aproveitam o “embalo” e consomem drogas. Nessa mesma rua, existem seis casas que foram interditadas pela Sanepar – devido a problemas de descolamento do solo. “Essas casas viram motel”, afirma a dona de casa Débora Fátima da Silva, que não agüenta mais o problema.

Para Dionel Bastos Cordeiro, além do incômodo, os moradores – que não conseguem nem assistir televisão, já que o barulho da rua é insuportável -, sofrem com a violência. “Quando ocorre uma briga, eles usam pedras e até mesmo tiros já foram disparados”, comentou.

Os moradores garantem que sempre acionam a Polícia Militar para ir até o local. Quando a viatura da PM aparece, no entanto, eles abaixam o som, voltando à “normalidade” depois que os policias deixam o local. “O que a gente quer é que eles façam uma blitz aqui, pois com certeza vão encontrar muita coisa errada”, falou a diarista Maria Helena Wosniak. Na PM, ninguém foi encontrado para comentar o assunto.

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