Menor confessa autoria de chacina no Uberaba

Um garoto de 16 anos detido em União da Vitória por porte ilegal de arma confessou ser o autor da chacina, que vitimou cinco pessoas, ocorrida na madrugada do dia 27 de fevereiro, no bairro do Uberaba, em Curitiba. Junto com o menor, foi preso Jorge Bueno, de 22 anos, acusado de participar dos homicídios.

O superintendente Neimir Cristóvão, da Delegacia de Homicídios (DH), esteve esta semana em União da Vitória ouvindo o garoto e Nelson, mas não ficou convencido com a história contada por C.B.O.. “O adolescente foi interrogado na presença do Ministério Público e da mãe dele”, disse Neimir.

O policial relatou que o menor disse que o motivo foi vingança e o alvo era um homem identificado apenas como “Lobinho”. Segundo o adolescente, Lobinho seria o assassino de Ronaldo Gonçalves, morto no dia 21 de fevereiro. Após o crime, vários amigos de Ronaldo passaram a procurar o acusado para vingar-se. “Várias pessoas foram mortas entre o dia 21 de fevereiro e 27, quando o grupo estava procurando Lobinho”, salientou Neimir.

Interrogatório

De acordo com o depoimento, o menor e um homem conhecido como “Gê” ou “Janjão” foram à casa do tio de Lobinho, Jadir Marcos Barbosa, o “Bicão”, e depararam com a companheira dele, Denise dos Santos, 18, que foi amarrada e torturada para dizer onde estava Lobinho. Depois, foi morta com um tiro na cabeça. Em seguida, Bicão teria aparecido, tentou interceder pela mulher e também foi assassinado. Na seqüência foram mortos: José Maurício da Silva, 38, Arlindo Moraes Filho, 31, e Sebastião Fernando dos Santos, 37. O menor alegou que Jorge Bueno não teve participação neste crime.

A versão apresentada pelo menor não convenceu à polícia, já que muitos detalhes são diferentes do que o que foi verificado no local do crime. Segundo Neimir, Denise não foi assassinada a tiros, mas com um golpe de foice, que deformou seu rosto. Jadir Marcos foi assassinado em outro barraco, junto com os outros três homens. “Há possibilidade de o menor estar assumindo o crime sob pressão de pessoas que ainda não foram presas”, salientou Neimir. A polícia agora procura Gê.

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