Menina vive drama na mão de padrasto estuprador

Aos 8 anos, uma menina foi estuprada pela primeira vez. Desde então, a criança, hoje com 11, sofria calada nas mãos do padrasto, que para proteger a criança, tomamos a liberdade de identificá-lo apenas como J.. O crime ocorria em Almirante Tamandaré.

Os abusos sexuais e torturas psicológicas acabaram na terça-feira, quando a criança resolveu contar o caso à polícia. O padrasto, que é marteleiro, foi preso em flagrante por estupro.

Segundo o relato da menina aos policiais da delegacia da cidade, na primeira vez J. disse que “aquilo” era algo normal, mas que não poderia ser contado para a mãe dela, sexo anal e estupros ocorriam com freqüência, quando a criança voltava da aula e a mãe ainda estava no trabalho.

Quando praticava sexo anal, J. colocava panos na boca da criança para que ela não gritasse. E todas as vezes ameaçava matá-la, assim como a mãe dela e suas irmãs, caso contasse o que acontecia entre eles.

Espancamento

Há um ano, a criança contou tudo para a mãe. A mulher foi tirar satisfação com J. e foi violentamente espancada. O marteleiro saiu de casa, mas voltou dias depois. O pesadelo continuou.

Há um mês ele tentou atacar a outra irmã da criança, de 9 anos, mas ela reagiu jogando um sapato em seu rosto. A situação estava insustentável, até que, na terça-feira, a menina de 11 anos relatou o que sofria à diretora de sua escola.

O caso foi levado à delegacia de Almirante Tamandaré no mesmo dia. A mãe da criança superou o medo do marido e confirmou a versão da filha. Horas depois, o marteleiro foi preso.

Confissão

J. confessou que violentava a enteada, mas alegou que era a criança quem o assediava. “Depois que eu tomava banho, ela tirava a roupa e vinha para cima de mim. Além disso, todas as vezes que meus amigos iam lá em casa ela passava a mão nos órgãos genitais deles”, alegou.