Uma menina de nove anos foi abusada sexualmente por um adolescente de 14 em uma instituição de atendimento a deficientes visuais. O ato aconteceu na segunda-feira (24) e foi denunciado pela mãe da menina. Segundo ela, a criança foi forçada pelo adolescente a manter relação sexual dentro de um banheiro da Instituição.

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No hospital que atendeu a menina, médicos constataram que houve toque, mas não penetração. Exames do Instituto Médico Legal devem revelar se houve ou não abuso. Os laudos ficam prontos em 15 dias.

O fato

O caso foi registrado por volta das 13h de segunda-feira, depois que os alunos voltavam do horário de intervalo das aulas. “O rapaz pegou a minha filha pelo braço, a trancou no banheiro e a obrigou a abaixar as calças”, contou a mãe. “Em seguida, fez o que ele quis fazer e depois ainda falou coisas horríveis para ela”, completou.

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Segundo a diretoria da instituição, inspetores perceberam que os dois não estavam entre os outros alunos quando todos voltavam para a aula. “O rapaz conseguiu escapar, mas a menina ficou e nos contou o que aconteceu. Imediatamente chamamos o pai do garoto”, disse diretor da escola.

A secretaria foi informada pelo pai da menina que a mãe a buscaria, então o diretor também a esperou para contar o que aconteceu. “Junto com uma psicóloga, contamos o que havia acontecido e perguntamos para a mãe se ela queria tomar alguma medida sobre o caso, mas ela disse que não e foi embora”.

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Já a mãe, diz que em casa a menina contou que o menino havia tido relações sexuais com ela e por isso tomou uma atitude. “Não sei se a diretoria escondeu isso de mim ou não, mas quando soube resolvi não deixar impune, quero justiça”, disse.

“A menina contou que sentiu dor nas partes intimas, que sentiu que ele colocou algo, como vão dizer que ele não fez algo? O diretor não está se importando com o que aconteceu?”, indagou.

Em entrevista ao Paraná Online, o diretor da instituição disse que considera grave, tanto a denúncia, quanto o que é dito pela mãe. “Precisamos de provas. Sabemos que houve abuso de alguma forma e só este episódio já é grave o suficiente para investigarmos a situação, mas a mãe precisa pensar e se preocupar com as crianças que estão envolvidas nisso tudo”, disse.

Investigações

O diretor afirmou que na manhã de segunda-feira (24) tomou medidas com relação ao abuso. Segundo ele, a diretoria conversou com funcionários e professores para saber como lidar com os alunos e com a situação dentro do ambiente.

“Em seguida, repassamos o caso ao Conselho Tutelar e também ao Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e ao Centro de Referência da Assistência Social (Cras), que são da Prefeitura de Curitiba e devem ser responsáveis por investigar o caso”, explicou o diretor.

A investigação está a cargo do delegado Jairo Estorilho, da Delegacia do Adolescente. “Esperamos que o laudo da perícia médica fique pronto até amanhã para incluirmos no processo”, declarou o delegado.

A reportagem não cita o nome da instituição de ensino e nem o nome dos entrevistados para preservar a identidade da vítima, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).