Menina de dez anos morta no meio de um matagal

No meio do mato, a pequena Jaqueline Vestley de Lima, 10 anos, foi encontrada nua, apenas com suas meias brancas, no fim da tarde de sexta-feira, no bairro Estados, em Fazenda Rio Grande. A menina foi morta com um profundo corte no lado esquerdo do peito e a arma do crime, uma faca de cozinha, ficou cravada em seu umbigo. Exames no IML iriam comprovar se houve ou não estupro, mas a posição em que estava o corpo, com as pernas abertas e os braços acima da cabeça, indicavam que a menina fora violentada.

Jaqueline tinha sido levada pela irmã Aline, 17 anos, para a escolinha de futebol do Parque Verde, por volta das 14h. Eram quase 17h, quando Paulo Antônio Ferreira Pego, 22, marido da garota e cunhado da vítima, foi buscar a menina. Ele contou à polícia que não encontrou Jaqueline na escola e passou a procurá-la na casa de amigos. Paulo entrou no mato da Rua Paraíba, perto do Parque Verde, e se deparou com o cadáver.

A história pareceu confusa tanto aos policiais militares do 17.º BPM que atenderam à ocorrência quanto para o superintendente Inaldo, que foi ao local junto com investigadores da delegacia. Para eles, Paulo disse que perdera uma cueca naquele lugar e teria entrado no matagal para procurá-la.

A peça de roupa estava próxima às da criança, distante cerca de 20 metros do corpo, suja de sangue e esperma. Paulo se dispôs a passar por todos os exames que fossem necessários a fim de provar que não teve nada a ver com o crime. Ele foi levado à delegacia para prestar depoimento. O perito Fontoura, da Polícia Científica, recolheu a arma e as roupas,que serão periciadas.

Na manhã de ontem, os investigadores contaram que Paulo foi ouvido e liberado, uma vez que não há provas consistentes capazes de incriminá-lo. A polícia espera o resultado dos exames e da perícia para ter a certeza ou excluir a participação dele no crime. A polícia também conta com a colaboração da comunidade para denunciar o assassino de Jaqueline.

A garota estudava na 4.ª série do ensino fundamental. "Estou me sentindo culpada, fui eu quem matriculou ela na escolinha, porque ficava muito sozinha em casa", disse Aline. A garota também descartou qualquer suspeita com relação ao marido, afirmando que Paulo trabalha de noite e dorme de dia e sempre a ajuda. 

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