Menina de 7 anos é espancada até a morte

FOZ DO IGUAÇU – Foz do Iguaçu conviveu com mais um brutal assassinato durante a madrugada deste domingo. A menina Elizandra Derli dos Santos, de apenas sete anos, foi espancada até a morte no fundo de uma residência da Vila Miranda. A vítima, que teve a cabeça esfacelada, pode ter sido estuprada por seus algozes. Três pessoas foram presas, entre elas uma mulher, suspeitas de envolvimento no bárbaro crime.

A atrocidade começou a vir à tona quando o Serviço Reservado da Polícia Militar recebeu telefonema anônimo dizendo haver um corpo no fundo do quintal de uma casa situada na esquina das ruas Morrinhos e Campo Mourão, perto das 4 horas de ontem. Ao chegar no local, os policiais encontraram a menina morta, seminua, com um saco plástico na cabeça esfacelada. O ato, avaliou a polícia, demonstrou toda a violência do matador (ou matadores).

Concluída a perícia feita pelo Instituto de Criminalística, o corpo foi levado ao Instituto Médico Legal (IML). Ainda no local, porém, a polícia levantou a suspeita de que o crime teria sido praticado por pessoas muito íntimas da vítima.

No imóvel, foram presos o padrasto da criança, Vantuir Gonçalves Santos, 23, conhecido pela alcunha de Tuia, e seu amigo Paulo Dietrich, 23, vulgo Paulo Perna-Torta, por volta do meio-dia. Eles saíram há menos de dez dias da cadeia.

Causas –Durante a perícia, a polícia cogitou duas causas que teriam originado o assassinato da menina. Na noite de sábado, a mãe de Elizandra, Sirlei Derli Gonçalves ? que está separada de Vantuir ? deixou-a na casa da vizinha Adriana Horácio dos Santos (a menos de 50 metros do local do homicídio) com a promessa de voltar cedo.

Momentos depois, a menina teria brigado com a filha pequena de Adriana, irritando-a. Contrariada, a mulher, segundo a polícia, levou-a à residência do padrasto, o qual estaria embriagado, por volta das 2 horas. Ele e Dietrich teriam sido incitados pela vizinha a dar um castigo em Elizandra. Há suspeita que o crime aconteceu sob o olhar indiferente de Adriana.

Na segunda versão, Sirlei deixara a filha na vizinha Adriana para sair com o irmão do ex-amásio Tuia, o autônomo Geneci Gonçalves dos Santos, vulgo Kiko. Ambos não haviam retornado até o início da madrugada de ontem. A vizinha entregou Elizandra a Vantuir depois da suposta agressão a sua filha.

A mulher teria incentivado o padrasto a castigar a menina com uma surra. Para a polícia, ele passou a espancá-la como forma de se vingar da suposta traição de Sirlei dos Santos com o próprio irmão. O assassinato ocorreu durante a madrugada, com a possível participação de Paulo Dietrich. Adriana acabou na delegacia para averiguação.

Como a menina teve parte das roupas arrancadas, os investigadores suspeitaram que também tenha sofrido violência sexual. Exame realizado pelo IML vai revelar se a vítima foi ou não estuprada. O laudo será divulgado em dez dias.

Apesar de negar a autoria do crime, Dietrich e Vantuir deverão ser autuados em flagrante por homicídio qualificado. Sem provas suficientes para ser incriminada, Adriana apenas prestou depoimento na delegacia e foi liberada. O caso continuará sendo investigado pelo Setor de Homicídios da 6a SDP. (Fonte: A Gazeta do Iguaçu)

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