Dezoito novos pedidos de demissão de policiais civis foram encaminhados esta semana ao governador Roberto Requião, que acumula a pasta da Segurança Pública. Há duas semanas já haviam sido demitidos outros quatro policiais, de acordo com informações prestadas pelo delegado-geral, Adauto Abreu de Oliveira. “Todos deveriam ter sido demitidos no governo passado. Estamos agindo assim para sanear a polícia”, disse ele.

Existe na Corregedoria da Polícia Civil outros 352 processos disciplinares, nos quais a demissão é a pena prevista. Ainda de acordo com Oliveira, em no máximo três meses estes processos estarão nas mãos do governador, para ser assinados. Outros mil processos disciplinares e sindicâncias (punidas com suspensão) foram instaurados para apurar irregularidades cometidas por policiais.

“No passado houve muita tolerância com policiais ruins. Isso não vai acontecer mais”, disse o delegado-geral.

Ação conjunta

Conforme afirmou Caíto Quintana, chefe da Casa Civil, as secretarias da Segurança Pública e da Justiça, bem como a Ouvidoria, a Auditoria e a Procuradoria Geral do Estado estão trabalhando junto com o Ministério Público, a Corregedoria Geral do Estado, o Poder Judiciário e várias associações, para “combater o mau policiamento”. Algumas reformas na estrutura da Polícia Civil já estão acontecendo, como a redução do número de delegacias especializadas, e está sendo estudada a possibilidade de haver uma frota própria para a Segurança Pública. Atualmente grande parte dos veículos usados pela polícia são alugados.

Adauto Oliveira informou ainda que existe uma proposta para revisão do Estatuto da Polícia Civil, que também será encaminhada ao governador. “Temos que fazer com que os processos na Polícia Civil sejam mais ágeis”, disse ele.

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