Matam pedreiro e queimam residência

Um homem foi executado e carbonizado no quarto de uma residência, no bairro Órleans, por volta de 3h30 de ontem. Pelo menos três tiros foram escutados por moradores da região, mas apenas quando foi ateado fogo na casa, os vizinhos perceberam a gravidade da situação. De acordo com vizinhos, a vítima seria o pedreiro Apolônio Rodrigues Maciel, de aproximadamente 45 anos.

Chamados para apagar o incêndio que consumia a pequena casa na Rua João Sigismundo Wisocki, próximo à BR-277, os bombeiros encontraram o corpo do homem, completamente queimado.

Daniel Derevecki
?Companheiro? da vítima uivou durante a noite.

Conforme relatos de moradores e comerciantes da região, Apolônio morava sozinho desde o início do mês. ?Até a virada do ano, dois jovens moravam com ele. Provavelmente eram seus filhos. Mas foram embora?, contou Olavo, dono de um bar em frente à casa queimada. Quem fazia companhia ao pedreiro era seu cachorro, que não parou de latir e uivar enquanto as chamas se espalhavam pela moradia e carbonizavam o corpo de seu dono.

Tiros

A brutalidade do crime assustou a vizinhança. ?Estava todo mundo dormindo e, de repente, ouvimos três tiros. Depois, a casa pegou fogo?, relembrou Olavo. Ninguém viu quem incendiou a residência, nem quantos eram os matadores.

A pequena casa de madeira foi completamente consumida pelo fogo. Além do corpo do morador, eletrodomésticos, documentos e até uma bicicleta foram queimados. Embora o pedreiro fosse o único morador da casa e os vizinhos tenham reconhecido a vítima, apenas exames complementares no Instituto Médico-Legal irão confirmar oficialmente a identidade do cadáver.

Cuidado com filha seria motivo do crime

Pelo que pôde ser apurado no local do crime, com testemunhas e conhecidos da vítima, o motivo do crime estaria relacionado à filha adolescente do pedreiro. Angustiado de vê-la convivendo com más companhias, Apolônio passou três dias fora de casa, em busca da menina, até localizá-la. Na sexta-feira, o pedreiro trouxe a filha de volta para casa e, no mesmo dia, entregou a adolescente aos cuidados do Conselho Tutelar. ?No dia seguinte, alguém veio aqui e matou ele?, supôs Olavo, acreditando que o matador seria uma pessoa ligada à menina. O dono do bar não soube dizer onde ela estava morando, nem com quem. O crime será investigado pela Delegacia de Homicídios.

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