Um caso misterioso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios de Curitiba. Rigoberto Jorge Bonn, 66 anos, foi encontrado morto próximo ao portão de sua casa, na Rua Lúcio Pereira, bairro Tingui, por volta das 8h de ontem. Ele estava com uma blusa amarrada no pescoço e o autor do crime fugiu com o Gol da vítima, placa AJB-1288, modelo 2004. O veículo foi encontrado ainda na manhã de ontem, na Rua Maurício Fruet, Jardim Botânico.
A princípio, parecia um latrocínio. Policiais da Delegacia de Furtos e Roubos estiveram no local, mas após verificar que provavelmente a vítima foi esganada, acionaram a Delegacia de Homicídios. “Se for latrocínio, o caso é atípico”, comentou o soldado Kindermann, do Regimento da Polícia Montada (RPMon), que atendeu a ocorrência junto com o soldado Bordin. Ele informou que a vítima não tinha ferimentos de arma de fogo nem de faca e o carro foi achado intacto, com as chaves na ignição. “Normalmente os ladrões de carro que agem no Tingüi e no Bacacheri são provenientes de Colombo, Almirante Tamandaré e Santa Felicidade”, apontou.
A polícia apurou que vizinhos ouviram um carro deixar a rua em alta velocidade, por volta das 5h de sábado, mas não forneceram mais detalhes. “Ele morava sozinho, era solteiro. Na parte de cima morava o sobrinho. Talvez estava chegando de alguma festa quando foi abordado”, relatou Valdomiro, que mora nas proximidades do local do crime. Familiares da vítima também não souberam dar muitas informações. Eles disseram que acharam o corpo por volta das 8h e que notaram o sumiço do carro, documentos da vítima e cartões de crédito, o que os levou a acreditar na hipótese de latrocínio.
A perita Jussara Joeckel, do Instituto de Criminalística, informou que não foi possível constatar a causa da morte no local. “Ele estava com uma blusa amarrada no pescoço, mas eu mesmo desatei o nó. A causa da morte só poderá ser verificada com a necropsia”, disse a perita. Ela não descarta a hipótese de morte natural.
O delegado Jaime da Luz, da Delegacia de Homicídios, vai aguardar a necropsia, para indicar a causa da morte, e a perícia que será feita no carro. “Depois será decidido quem irá investigar o caso e o rumo do trabalhos”, afirmou.