Uma casa de alto padrão na Rua Professor Rubens Elke Braga, Parolin, foi palco de uma tragédia em família na manhã de ontem. Num louco gesto, a dona-de-casa Jordina Maciel de Oliveira, 59 anos, matou com um tiro no peito o marido Joaquim Antônio de Souza, 61, após ríspida discussão. Desesperada, gritou de espanto pelo que havia feito e disparou em seguida contra a própria cabeça, morrendo na hora. Joaquim era empresário e dono da Construtora Arapari, com sede no mesmo bairro.
A testemunha do episódio foi a empregada doméstica da família, Joana D’Arc, 30 anos. Ela contou à polícia que em meio a uma das habituais discussões do casal escutou um estampido, às 7h30. De imediato, ouviu Jordina gritar: “Matei meu marido e vou me matar”, palavras sucedidas por um segundo disparo. A apavorada doméstica correu chamar o filho do casal, Hélio de Souza, 42 anos, e a esposa dele, Maria Salete, que providenciaram socorro.
Doenças
A mulher, ferida no ouvido direito, morreu dentro da casa, antes da chegada dos socorristas do Siate. Joaquim ainda foi levado com vida ao Hospital do Trabalhador, mas morreu horas depois, com um tiro no lado esquerdo do peito, bem próximo ao coração.
De acordo com os parentes, Jordina tomava remédios contra depressão e ainda tinha diabete, gastrite crônica e problemas cardíacos. Segundo o delegado Sebastião dos Santos Neto, que instaurou inquérito sobre o caso, tudo indica que a mulher realmente atirou no marido e depois cometeu suicídio. O revólver calibre 32 que matou o casal pertencia a Joaquim e tinha três cartuchos intactos e dois deflagrados. A arma foi recolhida pelo Instituto de Criminalística, que vai determinar se os disparos realmente partiram da mulher. O delegado disse saber as razões que desencadearam a tragédia, mas preferiu não revelar detalhes. “É um problema de família”, disse apenas.