Mata e deixa recado com o sangue da vítima

Um macabro recado resumiu o motivo do assassinato do vigia João Darci Gabrielli (foto), 50 anos. Com o sangue da vítima, o matador escreveu “Cageta” numa parede da fábrica de bebidas Kri-Kri, à beira do Contorno Norte, Jardim César Augusto, Colombo. Como nada foi roubado da empresa da qual João Darci era funcionário, está claro para a polícia que houve vingança. O homem foi morto com uma facada na barriga, e seu corpo encontrado às 7h15 de ontem.

A inscrição é a grafia incorreta de cagüeta, ou alcagüeta, sinônimo de “dedo-duro” Å sinal de que João Darci teria denunciado alguém. A primeira linha de investigação é o passado da vítima. A DP de Colombo foi informada que o homem esteve preso por 12 anos em Piraquara, respondendo por homicídio. “É possível que outra pessoa envolvida neste crime tenha saído da cadeia e se vingado”, suspeita o investigador Maurício.

Perseguido

João chegou às 22h de sábado na fábrica, onde cumpria função de guardião noturno. Pela rigidez do cadáver, a polícia estima que ele foi atacado no início da madrugada. O homem foi encontrado morto por um outro funcionário de manhã, caído na sala de manutenção – mesmo aposento onde foi feita a inscrição com sangue. Os seis caminhões estacionados no pátio e os objetos da empresa não foram tocados.

Os colegas de serviço não souberam dizer quem poderia ter matado o vigilante. “Era uma boa pessoa. Saía de casa para o serviço e do serviço para casa”, falou o guardião diurno Jorge Sodré, contando que a vítima morava sozinha na Vila Feliz, em Almirante Tamandaré, e tinha parentes em Santa Catarina.

Há algum tempo, João Darci foi perseguido dentro da mesma empresa, mas escondeu-se e conseguiu escapar. “Os homens teriam vindo num carro branco”, falou o policial.

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