O concurso para a promoção ao posto de cabo, da Polícia Militar, realizado em 8 de julho, foi cancelado e ainda não há data prevista para a nova prova. O motivo foi a suposta fraude, que resultou na prisão de cinco PMs. O grupo, composto por mais duas pessoas, cobrava entre R$ 1.500 e R$ 12 mil para garantir a aprovação dos soldados.
O esquema começou a ser investigado depois que um e-mail anônimo, dois dias depois da prova, denunciou a fraude. Policiais do serviço de inteligência chegaram até o capitão Walter Antônio Cardoso Aguiar – comandante da 1.ª Companhia do 20.º BPM, apontado como o mentor do esquema.
Estão presos os cabos João Marcelo Augusto Pereira (lotado na Companhia de Comando e Serviço do Quartel Central), Marco Aurélio de Cerqueira (recepção do Quartel do Comando Geral) e Nelito Inácio de Souza Filho (Batalhão de Polícia Rodoviária – BPRv), além do sargento Nely Anderson de Oliveira, do BPRv de Maringá. Também faziam parte do esquema Edna Maria Machado Caldas e Juan Alves dos Santos, que estão detidos.
Fraude
Uma conta bancária foi criada apenas para receber os depósitos. As investigações apontaram que 47 candidatos pagaram a propina. Destes, 32 já foram identificados, a maioria do interior do estado, e deverão ser afastados. Apenas quatro passaram no concurso, o que indica que aqueles que efetuaram o depósito podem ter sido enganados.
Um soldado ganha em média R$ 1.700 mensais. Como cabo, o salário aumenta em R$ 150.
