Mais um participante de assassinato se apresenta

Miguel Sureck, 21 anos, se apresentou na tarde de segunda-feira na Delegacia de Homicídios, com seu advogado, e confessou sua participação no assassinato de Paulo Guilherme Meissner, 43 anos, ocorrido no último dia 2 de abril. Após interrogado, o acusado, que estava com mandado de prisão decretado pela Justiça, recebeu voz de prisão. Alex Cardoso de Oliveira, 20, que também admitiu seu envolvimento no crime, está preso desde a última quinta-feira. Dois adolescentes, de 16 e 17 anos, que também tiveram participação na morte, foram ouvidos e liberados.

De acordo com o delegado Luís Carlos de Oliveira, titular da Delegacia de Homicídios e chefe da Divisão de Investigações Criminais, Miguel alegou que matou Paulo Guilherme porque este insistiu para que ele fosse o sujeito passivo em uma relação sexual. “Não acreditamos nisto. O intuito dos quatro era assaltar a vítima”, ressaltou o policial.

Morte

Alex e os adolescentes contaram que chegaram na casa da vítima, na Rua Desembargador Hugo Simas, no Bom Retiro, onde também funcionava uma fábrica de quepes militares, por volta das 22h daquela quinta-feira, 1.º de abril. Os três atribuíram a iniciativa do roubo a Miguel, que negou o fato. Eles ainda afirmaram que Miguel deu um tiro no pescoço da vítima, embora a Polícia Científica tenha constatado no local que Paulo Guilherme foi morto com o golpe de um objeto contundente, como uma chave de fenda ou uma faca. O delegado ressaltou que o Instituto Médico-Legal tem o prazo de 30 dias para emitir o laudo e informar qual foi a arma do crime.

Conhecidos

Alex conhecia a vítima e os acusados foram até a casa e entraram com o consentimento dela. “Nos últimos 12 meses atendemos cinco casos de latrocínio envolvendo homossexuais”, informou o delegado. Quatro dos crimes foram solucionados pela Delegacia de Homicídios. “Alguns homossexuais costumam conhecer garotos de programa na rua ou em boates e os levam para suas casas. É muito arriscado e torna a pessoa um alvo fácil de assaltantes”, lembrou.

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