Mãe de dois filhos é assassinada no meio da rua

Silvana de Oliveira Pego, 28 anos, não cumpriu a promessa de pegar seu filho de 8 anos na casa da mãe. Ao contrário do esperado, foi a família que a encontrou, já morta, na Rua Natalício Barbosa Neto, no Jardim Holandês, em Piraquara. A mulher foi assassinada a tiros, por volta das 21h20 de segunda-feira, na rua de terra, entre o canal extravasor e um matagal no entrada do bairro.

Caso Silvana tivesse dado ouvidos à família, talvez ainda morasse com seus dois filhos e o marido. Mas, usuária de drogas, não conseguiu resistir ao vício e optou por ficar nas ruas. "Nem lembro bem quantas vezes a internamos, acho que foram umas dez. Mas ela sempre fugiu", lamentou o cunhado, Clarismundo Schimanski, 37. Segundo ele, nos momentos de lucidez, ela aceitava tratamento e mostrava querer mudar de vida, mas sua força de vontade não durava muito.

Destruição

O primeiro contato com drogas Silvana teve na adolescência e, de lá até a idade adulta, passou por altos e baixos. "Quando ela casou, pensamos que tinha se acalmado, mas depois de um tempo, o marido dela pediu a separação", relatou Schimanski. Segundo ele, o homem foi falar com os pais dela, lamentando não poder manter o casamento, pois Silvana preferia as ruas à vida doméstica.

Silvana passava noites na casa da mãe ou da irmã, mas não conseguia ficar muito tempo. "Ela vinha, muitas vezes bêbada ou drogada, tomava banho, dormia e, no dia seguinte, voltava a desaparecer por semanas", disse Schimanski. Quando a família tentava convencê-la a mudar de vida, às vezes, ela admitia estar em um caminho destrutivo. Era internada e fugia.

Fim

Desde a separação, os dois filhos, o menino de 8 anos e a menina de 6, passaram a morar com a avó paterna. Na semana passada, o garoto pediu para visitar os tios e Silvana o levou para o Jardim Holandês. Pretendia levá-lo de volta na segunda-feira, conforme prometera, mas foi assassinada.

O corpo da mulher foi encontrado no meio da rua, depois de moradores próximos terem ouvido tiros. "Ninguém viu quem a matou, nem se havia algum veículo envolvido", comentou o soldado Oliveira, que atendeu a ocorrência junto com o soldado Natalino, do 17.º Batalhão da Polícia Militar.

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