A juíza da 4.ª Vara Cível de Curitiba, Renata E. Baganha Marchioro, decretou, no último dia 10, a prisão do presidente nacional do PTB, Flávio Martinez. Segundo o mandato de prisão, o político não teria realizado um depósito em juízo no valor de R$ 785.854,13, num caso que envolve uma empresa credora da Central Nacional de Televisão (CNT) / Rede OM. Martinez é ex-presidente da emissora e aparece no processo como fiel depositário. Ontem, a Justiça enviou um ofício à Superintendência da Polícia Federal no Paraná pedindo a prisão do presidente do PTB, caso esse tente embarcar em algum aeroporto do País.
Segundo o advogado da CNT, Luiz Carlos da Rocha, trata-se de um processo antigo, que já teve decisão final na instância estadual, mas que ainda aguarda recurso. A decisão judicial para execução da dívida aconteceu em março. ?Acontece que a juíza mandou depositar o dinheiro na semana passada, sem avisar a mim ou ao Flávio Martinez. Só tomei conhecimento da existência do mandado agora à tarde (ontem)?, disse Rocha. Ele explicou que o valor seria depositado ainda no plantão judiciário de ontem, o que anularia o pedido de prisão. ?E estranhamos muito o surgimento dessa informação na mídia somente agora. Entendo isso como alguma manobra política?, afirmou o advogado.
A reportagem de O Estado tentou ouvir a juíza responsável pelo caso, mas não conseguiu localizá-la.


