Se deu mal

Justiça condena policial por furto de caminhão

O investigador da Polícia Civil Eyrimar Fabiano Bortot, 37 anos, foi condenado a três anos e seis meses de prisão, mais pagamento de multa, pela 8.ª Vara Criminal de Curitiba, pelo furto de um caminhão, em 2009. Além de se identificar como oficial de Justiça, ele ainda teria entregue um cartão de visitas rasurado, do investigador Délcio Rasera, que afirma que Eyrimar usou seu nome indevidamente.

A pena poderá ser revertida em prestação de serviços comunitários. A juíza concedeu ao réu o direito de recorrer em liberdade, mas não disse se Eyrimar deve perder a função. A Corregedoria da Polícia Civil abriu processo disciplinar contra o investigador e caberá a ela essa decisão.

Defesa

O advogado de Eyrimar, Elias Amaral, garantiu que irá recorrer da decisão pedindo à nulidade da sentença, já que, no seu entender, as provas apresentadas não foram bem trabalhadas. Ele também irá pedir a absolvição de seu cliente.

Já o investigador Rasera comemorou a decisão. Ele confirma que responde a outros processos judiciais (caso das escutas telefônicas num dos governos Requião, de armas encontradas em sua casa e um caso de calúnia e injúria). Porém afirma que não teve nada a ver com o furto do caminhão e que seu nome foi usado indevidamente. Rasera foi preso por conta das escutas telefônicas e está há seis anos em liberdade provisória. Nenhum dos processos foi julgado.

Furto

De acordo com o processo criminal, o caminhão foi levado por quatro homens que chegaram a um canteiro de obras no Contorno Sul, num Gol. Um deles identificou-se como oficial de Justiça e entregou ao vigia da obra um mandado de busca e apreensão de dois caminhões. Os outros três usavam coletes e bonés da Polícia Civil, estavam de óculos escuros e estavam armados. Eles nunca foram identificados. Na saída, o suposto oficial de Justiça entregou o cartão de visitas, em nome de Rasera.