Justiça abriga menores que denunciaram orgias

As cinco garotas envolvidas nas festas que aconteciam em chácaras no município de Campo Largo já estão sob a custódia da Justiça. Na sexta-feira, o Conselho Tutelar da cidade obedeceu a uma ordem judicial e fez o abrigamento de duas delas, uma de 14 e outra de 17 anos. A terceira menina, de 16 anos, fugiu ao saber que seria encaminhada à uma entidade própria para adolescentes. Ela é a menor que tem as duas irmãs trabalhando na Espanha – possivelmente na prostituição -, e que foi entrevistada com exclusividade pela Tribuna, na semana passada.

No sábado, a presidente do conselho, Renata Soraya Archeleiga, pediu ajuda à delegacia local para encontrar a garota. “Depois de procurarmos por toda a cidade conseguimos achá-la e, com muita relutância, apreendemos a menina e a entregamos ao conselho”, contou a delegada Maritza Maira Haisi. As três meninas foram levadas ao mesmo local, mantido em segredo, onde outras duas já estavam abrigadas. Segundo Renata, as menores ficarão na entidade pelo tempo determinado pelo Juiz da Vara da Infância e Juventude de Campo Largo. “Nós tomamos está decisão para preservar a integridade física e psicológica delas. Há boatos que os homens que participavam das festas as estavam ameaçando”, disse Renata.

O recolhimento das adolescentes, mesmo que contra a vontade delas, também foi determinado para que elas não sofram pressões psicológicas ou sejam induzidas a mudar seus depoimentos, quando forem ouvidas pela Justiça. As meninas, quando depuseram na polícia – e na presença de um promotor – denunciaram o envolvimento de políticos, policiais, empresários e até o juíz da cidade nas festas acontecidas em chácaras da periferia.

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