Júri absolve homicida

Acusado do assassinato do estudante Guilherme Alves Ferreira, o réu Carlos Luiz Figueiredo, 42 anos, foi absolvido no julgamento realizado na última sexta-feira no Tribunal do Júri. Por cinco votos contra dois, o corpo de jurados acatou a tese de legítima defesa apresentada pelos advogados Cláudio Dalledone Junior e Rodrigo Muniz. O advogado Dálio Zippin Filho, que atuou como assistente da promotora Lúcia Inês Giacomitti Andrich, disse que a acusação vai recorrer da decisão.

O crime ocorreu há quase dez anos e o acusado respondia em liberdade. Nas primeiras horas da madrugada de 21 de dezembro de 1993, Guilherme Ferreira, que era estudante de Medicina Veterinária, se envolveu em uma briga dentro do bar El Potato, na Avenida Paraná. Durante a confusão, Carlos Figueiredo foi agredido pelo rapaz. De acordo com testemunhas, mesmo ferido na orelha e sangrando bastante, Figueiredo sacou um revólver e deu um tiro no peito de Guilherme. O estudante chegou a ser levado para o Hospital Cajuru, onde já chegou morto. O acusado conseguiu fugir do local do crime.

De acordo com Dálio Zippin, a tese de legítima defesa sustentada pelos advogados do acusado é infundada, pois o tiro teria sido disparado depois que a briga já tinha acabado. Com base neste fato, a acusação vai pedir a anulação do julgamento.

O júri, presidido pelo juiz Rogério Etzel, começou às 9h e se estendeu até perto de meia-noite. Sete testemunhas foram ouvidas.

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