Jovens são executados em Rio Branco do Sul

Dois jovens foram executados com diversos tiros – no final da noite de domingo – em Rio Branco do Sul. As vítimas Ademir de Oliveira, 22 anos, e Marcos Mieli da Silva, o “Marquinhos”, 16, estariam ligadas ao tráfico de drogas e à criminalidade na região da Vila Nossa Senhora de Fátima.

Provavelmente foram assassinados por comparsas, após um desentendimento. Os corpos foram encontrados por moradores da região, no início da manhã de ontem, em um dos morros da Rua Antônio Elias.

O duplo homicídio aconteceu a poucos metros de várias casas, mas ninguém quis falar com a polícia, com medo de represálias. Por volta das 22h, cerca de 15 tiros foram ouvidos no morro e a polícia foi chamada.

“Fomos informados do tiroteio e fizemos patrulhamento na área, mas não encontramos nada”, disse o soldado Wilson, do 17.º Batalhão da Polícia Militar. Como não havia notícia de vítimas e o acesso ao morro é difícil, principalmente à noite, os corpos só foram vistos pela manhã e a polícia foi novamente acionada.

Fuzilados

A perícia apurou que Ademir e Marcos foram baleados diversas vezes, em várias partes do corpo. Os matadores usaram pelo menos duas pistolas, de calibres ponto 40 e 9 milímetros.

Uma análise do local do crime apontou que os jovens estavam juntos com os matadores, que, provavelmente, eram seus conhecidos. “Eles não tentaram fugir e os tiros foram dados de uma distância bem próxima”, lembrou o policial Wilson.

Drogas

A suspeita é de que as execuções tenham sido efetuadas ou ordenadas por traficantes da vila. De acordo com os policiais, o tráfico na região é intenso e responsável por muitos crimes no município. Além disso, familiares das vítimas relataram que ambos estavam envolvidos com a criminalidade.

“Um parente de Ademir nos contou que ele já tinha passagem pela polícia por roubo e era usuário de drogas”, disse o soldado. Familiares de Marcos confirmaram que ele estava envolvido com o tráfico e que era dependente das drogas há cerca de dois anos. Ele vivia perambulando pelas ruas e raramente voltava para casa. As informações são de que ele seria “funcionário” de algum traficante local.

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