Jovens fuzilados dentro do carro em Campo Largo

Dois jovens foram executados a tiros no interior do Gol placa LNM-9803, na estrada do Rio Verde, em Campo Largo, na tarde de sábado. O motivo do crime e a autoria são desconhecidos da polícia. Samuel Nunes Pereira dos Santos, 18 anos, era o condutor do veículo e Danilo de Brito, 22, estava no banco do passageiro.

Por volta das 17h30, transeuntes passaram pelo local e acharam estranho o fato do Gol estar batido no barranco à margem da pista, e abandonado com o motor ligado e os vidros parcialmente abertos. Ao chegarem próximo do veículo, os corpos dos jovens foram vistos caídos nos bancos dianteiros e, imediatamente, a Polícia Militar foi acionada.

Balaços

Samuel foi executado com três tiros que o acertaram no pescoço e na cabeça. Já Danilo foi alvejado por sete tiros. Dentro do veículo foram recolhidos projéteis de pistola calibre nove milímetros. De acordo com a análise preliminar da perícia, a execução aconteceu naquele local e os tiros foram efetuados do lado externo do veículo. Provavelmente mais de uma pessoa participou do crime.

As vítimas portavam documentos de identificação e telefones celulares, que foram apreendidos e encaminhados para a perícia. De acordo com o perito, nos dois aparelhos haviam mais de 30 chamadas não atendidas. No local foi apurado que Danilo tem antecedentes criminais e que um irmão dele estaria preso. Nenhuma arma foi encontrada com as vítimas.

Carro

Conforme o cabo Eustáquio, da PM, o Gol não possuia alerta de furto ou roubo, no entanto apresenta um problema na identificação da placa. Durante o levantamento dos dados do veículo, consta que o Gol, placa LNM-9803, pertence ao município de Céu Azul. No carro apreendido, a placa é de Cerro Azul.

Os corpos dos jovens foram encaminhados ao IML de Curitiba e liberados por familiares durante a madrugada. No IML consta que Danilo trabalhava como tecelão e morava no bairro Ouro Verde, em Campo Largo. Já Samuel era garçom e morador no bairro Bom Jesus, também naquele município.

Um tapa. mais duas mortes

Giselle Ulbrich

Um tapa desferido por causa de uma garota foi suficiente para que Joaquim Teixeira de Lara, 30 anos, e Márcio José de Souza Freitas, 24, perdessem suas vidas na manhã de sexta-feira, por volta das 10h. Eles trabalhavam em um carregamento de pinus, na localidade de Morro Grande, município de Cerro Azul, quando um homem chegou com o filho ao local e atirou contra os dois trabalhadores.

Joaquim morreu na hora, caído à beira da rodovia que liga Cerro Azul e Tunas do Paraná, com dois tiros nas costas. Márcio levou um tiro nas nádegas e ainda conseguiu fugir, atravessando um riacho e em seguida entrando em um matagal. Porém, devido a sua pouca mobilidade, por causa do ferimento, os assassinos o alcançaram e terminaram de matá-lo a golpes de faca. Quem contou como aconteceu a tragédia foi Miguel Freitas, pai de Márcio, que ainda apontou os nomes dos autores.

Motivo

Miguel ouviu comentários de que no último dia 18, um sábado, Márcio ou Joaquim -não se sabe qual dos dois – havia dado um tapa na orelha de um rapaz, morador da localidade, filho de Arielson Vale, por causa de uma moça. O motivo pelo qual os rapazes se desentenderam pela garota é desconhecido e Miguel sabe apenas que desde então os dois vinham sendo ameaçados, e que quase levaram golpes de facão dias antes. As ameaças terminaram com o duplo homicídio, dentro do carregamento de pinus. "Não tenho certeza do motivo, pois são comentários que ouvi. Também não estou defendendo o Arielson e o filho dele, mas eles são gente boa e não entendo porque fizeram isso por causa de um tapa", desabafou o pai de Márcio. A delegacia de Cerro Azul trabalha para capturar os homicidas e esclarecer o motivo do crime.

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