Com quatro tiros, Rafael Gonçalves, 20 anos, foi assassinado no final da tarde de terça-feira, em um carreiro que atravessa o Bosque Santo Antônio, na Rua Padre Rafael José Kalinowski, no Pinheiro, em Curitiba. O perito Victório Libreron, do Instituto de Criminalística, informou que os levantamentos preliminares indicam que a vítima foi morta com dois tiros na cabeça, um no peito e outro na virilha. A carteira da vítima, contendo documentos e R$ 250,00, desapareceu. A polícia não descarta a hipótese de latrocínio, entretanto também tem outras linhas de investigação. Rafael já tinha passagens pela polícia por homicídio.
O delegado Luiz Gonzaga de Azevedo da Silva, da Delegacia de Homicídios, que atendeu a ocorrência, disse que ainda é cedo para dizer o que teria motivado o assassinato. “Pode ser que ele tenha reagido a um assalto, mas também os criminosos podem ter levado a carteira para dificultar o trabalho da polícia e se apoderar do dinheiro”, comentou. O jovem só foi identificado no início da manhã de quarta-feira, no Instituto Médico Legal de Curitiba. Silva apurou que Rafael assassinou um rapaz chamado Rudinei, no início do ano passado. O crime ocorreu em frente a uma boate, na Avenida Marechal Floriano Peixoto, no Boqueirão.
Alguns moradores informaram que os autores do crime seriam três. Outros disseram que viram um menor saindo do matagal, logo após os disparos. O soldado Andrade, do 13.º Batalhão, está de férias, mas como reside próximo ao Bosque Santo Antônio, foi chamado por populares que encontraram o corpo. “Uma vizinha disse ter ouvido uma discussão em voz alta e, em seguida, cinco disparos”, relatou. O tênis e as meias da vítima foram retirados e uma bicicleta vermelha estava próxima ao corpo. Andrade acredita que isso aconteceu porque os criminosos procuravam dinheiro ou drogas. (Fábio Schaffer e VB)