Mortes

Investigado homem suspeito de pelo menos 5 mortes

Policiais civis de Pinhais prenderam, na manhã de ontem, Tiago Rosa Dias, 26 anos, o “Lacraia”, suspeito de pelo menos cinco assassinatos nos últimos quatro anos, todos motivados pelo tráfico de drogas. A polícia estava atrás do rapaz há dois anos e tinha quatro mandados de prisão para cumprir contra ele.

Segundo as investigações, “Lacraia” seria traficante de drogas e impunha medo e terror aos moradores da Vila União, onde foi preso em casa. A primeira morte atribuída a ele é de Eder Aparecido Cordeiro, que tinha passagem por homicídio e foi assassinado em 15 de fevereiro de 2008. “Lacraia” teria assassinado Alisson Rodrigues Hermann, em março de 2010, e em 15 de novembro do ano passado, Willian Oliveira da Silva, 22, o “Chineque”. Ele estava na casa da namorada quando foi chamado no portão, onde foi executado. Willian esteve preso por tráfico e receptação.

Casal

“Lacraia” também estaria por trás da morte de Samuel Pires e Tainá da Conceição Marinho, ambos de 20 anos. O casal estava num Kadett, quando foi morto a tiros, no bairro Emiliano Perneta. As investigações mostraram que Tainá tinha dívida de droga com “Lacraia”, que teria sido flagrado por câmeras de segurança em seu veículo, perseguindo as vítimas.

O delegado Fábio Amaro, da delegacia de Pinhais, define “Lacraia” como “uma pessoa extremamente fria, sem nenhum sentimento pela vida humana”. “Acreditamos que “Lacraia’ fique fora de circulação por um longo período”, disse o delegado.

Passado

“Lacraia” está recolhido no Centro de Triagem II e, se condenado, poderá pegar de 24 a 60 anos de prisão, somente pelo duplo assassinato. Ele ainda tem passagem por receptação, tráfico e porte ilegal. Em 2005, ele foi preso com a mulher, com 103 pedras de crack e uma pistola. O casal dormia ao lado das filhas. Naquela prisão, “Lacraia” confessou que vendia droga para sobreviver e que havia tentado matar um usuário que devia droga no Bairro Alto. “Vendemos crack para sustentar as nossas filhas, que ainda são pequenas, e pagar a prestação da nossa casa”, justificou à reportagem da Tribuna, em 2005.