Inquérito da morte de estudante volta para Homicídios

O inquérito policial que apura as circunstâncias da morte do estudante Anderson Froese de Oliveira, 18 anos, retornou para a Delegacia de Homicídios na sexta-feira. Ontem, o delegado Sebastião Ramos Santos Neto iria ouvir a versão dos soldado Nilton Hasse, 33 anos, e do cabo Afonso Odair Konkel, 26. Os advogados de defesa e de acusação e um promotor já estavam na delegacia quando os policiais chegaram, mas eles receberam uma ordem do comando que era para retornar para o Batalhão de Polícia de Guarda, onde os dois estão presos.

O advogado Osmann de Oliveira disse que só faltava o delegado ouvir a versão dos policiais no inquérito, já que eles só foram interrogados no inquérito policial militar. A versão dos PMs era de que Anderson e o garoto de 16 anos reagiram à abordagem a tiros e eles revidaram. “Tivemos a informação que o Konkel iria dar outra versão sobre o fato. Talvez por este motivo o comandante ordenou que voltassem”, desabafou Osmann.

O delegado Sebastião disse que não entendeu a atitude. “O juiz da Vara de Execuções Penais autorizou. De repente vem a ordem para eles retornarem. Tomei todas as providências. O que será que está acontecendo? “, indagou o delegado.

Para Osmann de Oliveira o caso não está encerrado. Ele já solicitou que o inquérito seja apurado pela Polícia Civil, por acreditar que o crime é comum. No inquérito policial militar os acusados foram indiciados por tortura, homicídio doloso e fraude processual.

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