Criminoso ou negligência? Esta é a pergunta que policiais da delegacia de Ponta Grossa fazem em relação ao incêndio ocorrido na tarde de quarta feira, quando duas crianças morreram carbonizadas.

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Na casa, situada na Rua Visconde de Sinimbú, Boa Vista, moravam 12 pessoas mas, naquela tarde, estavam sete crianças na moradia, sem a companhia de um adulto. Por volta das 16h as chamas foram notadas por vizinhos.

Cinco crianças conseguiram escapar, mas Kauã, de 2 anos, e o primo dele, Luciano, de 5, não conseguiram. Seus corpos foram encontrados em meio aos escombros.

O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas quando os soldados chegaram a casa já estava destruída pelas chamas, que se alastraram com facilidade porque havia muitas roupas e cobertores espalhados.

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A mãe de Luciano, Luciane Nunes Moraes, desesperada com a morte do garotinho, disse que o incêndio pode ter sido criminoso, uma vez que uma “inimiga da família” já havia ameaçado atear fogo na moradia.

Entretanto, policiais da delegacia local investigam a hipótese de negligência. Sem a companhia de um adulto, as crianças poderiam ter iniciado o incêndio. Segundo o superintendente Elton, os pais de uma das crianças mortas já eram investigados pela polícia por maus tratos aos filhos.

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Dois filhos do casal foram tomados pelo Conselho Tutelar, porque eles teriam quebrado o braço de um deles e a costela de outro, quando esta criança tinha apenas 40 dias. “Não descartamos a hipótese deles terem abandonados as crianças sozinhas em casa e, neste caso, a responsabilidade pelo incêndio é deles”, afirmou o policial.