Imprudência de pedestres faz aumentar atropelamentos

A imprudência dos pedestres está colaborando para o aumento dos acidentes no trânsito na capital. No ano passado, 5.507 atropelamentos foram registrados no Estado, de acordo com as estatísticas do Corpo de Bombeiros (CB). 50% desses acidentes ocorreram em Curitiba. Nesse ano, até o final de julho, foram 1.336 atropelamentos.

Em 2003, ocorreram 67 mortes decorrentes de atropelamentos em Curitiba. No Estado, esses números ficaram em 185. Até o final de julho, o CB registrou 33 mortes na capital, e 117 no interior do Paraná. O Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) aposta na conscientização da população através de ações de educação no trânsito, para conter o avanço desses números.

O BPTran atende chamadas de todos os tipos de acidente e, por isso, apresentou números diferentes do CB. Mesmo assim, a quantidade de atropelamentos é grande. De acordo com os registros do batalhão, de janeiro a julho, ocorreram 795 acidentes com pedestres. Só em agosto já foram registrados 93 acidentes. O balanço do ano passado apresentou 941 atropelamentos. “É uma redução muito pequena, o índice tem que cair ainda mais. Isso depende de muita atenção dos pedestres, que devem respeitar as leis de trânsito”, disse o sargento Ronivaldo Brito.

Para reforçar a segurança dos pedestres, blitze educativas estão sendo feitas em diferentes pontos da cidade em conjunto com a Polícia Militar (PM) e com o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-PR). Visita às escolas é outro programa desenvolvido pelo batalhão.

“É importante fazer esse trabalho com as crianças, e explicar todos os cuidados que devem ser tomados para se evitar os atropelamentos. Em relação ao ano passado, o número de registros reduziu, mas ainda é grande”, destacou o sargento.

Nos quatro primeiros meses do ano, cinco vias públicas da capital registraram maior ocorrência de atropelamentos: Av. República Argentina, com 27 acidentes; Av. Marechal Floriano Peixoto, com 24; Izaac Ferreira da Cruz, com 17; Av. Sete de Setembro, com 13 e Av. Visconde de Guarapuava, com 13 registros. “A principal violação cometida pelos pedestres é não atravessar na faixa. Por mais perto que ela esteja, as pessoas acabam correndo risco e atravessam antes, no meio dos carros. Andar fora da calçada e correr com crianças no meio da via também é extremamente perigoso”, explicou.

O Corpo de Bombeiros destacou que as fraturas são os principais ferimentos das vítimas de atropelamento da capital. Geralmente, o horário de maior ocorrência desses acidentes é no final da tarde, com o intenso movimento de veículos nas avenidas. “Atendemos todos os casos aos quais somos chamados. O número de atendimentos do CB ainda é alto e pode ser reduzido”, afirmou o Tenente Eduargo Gomes Pinheiro, relações públicas do CB.

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