Uma fatalidade tirou a vida de uma idosa, no centro, por volta de 10h15 de ontem. Tereza Ribas, 65 anos, atravessa a Avenida Visconde de Guarapuava, no cruzamento com a Rua Conselheiro Laurindo, acompanhada de Olinda Alves Góes, 70, quando foi atropelada pelo Nissan Tiida conduzido pela juíza estadual substituta Patrícia de Fúcio Lages de Lima, 28 anos.

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Tereza morreu na hora. Olinda foi conduzida pelo Siate ao Hospital Cajuru, em estado grave. Segundo testemunhas, o sinal estava verde para a motorista. Segundo informações do cabo Emerson Luís e do soldado Marcos Prado, do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), o filho de 10 meses de Patrícia estava na cadeirinha no veículo de placas BBN-2502. Ele e a mãe não ficaram feridos. Bastante traumatizada, Patrícia foi amparada por familiares numa loja da Visconde de Guarapuava.

Arrastada

Testemunhas relataram que Patrícia vinha em baixa velocidade (cerca de 40 km/h) e o sinal estava verde para ela quando aconteceu o atropelamento. Tereza vinha da Conselheiro Laurindo e atravessava na faixa da Visconde de Guarapuava foi atingida pelo lado direito do carro e, conforme o segundo-tenente Rodrigo, foi arrastada pelo veículo. “Conforme as testemunhas, as duas mulheres atravessavam correndo na faixa”, contou o tenente.

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A investigação do caso ficará a cargo da Delegacia de Delitos de Trânsito de Curitiba (Dedetran). Agentes da Diretran estiveram no local do acidente para organizar o trânsito na Visconde de Guarapuava, que ficou parcialmente bloqueada.

Perigo pra todo mundo

Revoltados, populares pediam a instalação de um semáforo para pedestre no cruzamento das duas vias. “Se para nós, que somos mais jovens, já é difícil atravessar a avenida, imagine para os idosos”, disse a manicure Simone Fortes de Sá, 36 anos.

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Os pedestres têm que esperar uma brecha no trânsito e ter muita paciência e cautela para cruzar a Visconde de Guarapuava. Quando o semáforo da Guarapuava fecha, carros que vem pela Conselheiro Laurindo podem fazer a conversão à esquerda na avenida.

Comparação

“Apesar da faixa de pedestre, os motoristas tocam em cima, ao contrário do que vemos em outras capitais como São Paulo e Rio de Janeiro”, comparou o consultor comercial Vanderlei Gino, 41, que é carioca e está há 10 anos em Curitiba. “Vim de uma cidade com um dos trânsitos mais caóticos do País e esperava encontrar o modelo de capital europeia. Imprudência ocorre em todo o Brasil, mas aqui está demais”, disse. “Já morei em várias capitais e aqui o motorista está muito descuidado”, criticou.