HONRE prende foragido e ajuda a elucidar homicídio

Um homem que fez parte de uma quadrilha acusada de vários roubos ocorridos em Curitiba entre 2007 e 2008 foi preso pelo Grupo de Homicídios Não Resolvidos (Honre) da Delegacia de Homicídios, na segunda-feira. Ele prestou depoimento sobre um assassinato em que seus comparsas figuram como suspeitos.

Contra Gerson Ribeiro dos Santos, 30 anos, o “Fofão”, vigorava um mandado de prisão. Ele foi condenado a seis anos, um mês e 15 dias de prisão porque roubou um táxi em 14 de julho de 2007, e estava foragido. Ele garante que, depois de ter sido preso por investigadores da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos por este roubo, abandonou o mundo do crime. Ele administrava uma distribuidora de bebidas no Umbará.

Um ano depois deste roubo, dois dos mais de vinte integrantes da quadrilha da qual ele participava invadiram uma academia na Rua Enette Dubard, no Tatuquara, anunciando um assalto. Como as pessoas que lá estavam não acreditaram na ação criminosa, eles atiraram para o alto.

“Isso causou pânico generalizado. Muita gente saiu correndo e alguns frequentadores chegaram a pular pela janela”, conta o delegado Rubens Recalcatti. Os supostos assaltantes atiraram novamente e mataram João Donizete Alves Nogueira, 43 anos, um dos clientes da academia.

Dois meses depois, Julio Cesar Portela, 34 anos, o “Kiko”, foi preso com um revólver calibre 38. A arma foi encaminhada para perícia e o Instituto de Criminalística confirmou que foi este o revólver utilizado na morte de João. Júlio foi acusado do homicídio, mas a polícia ainda não conseguiu descobrir quem estava com ele no momento do suposto assalto e qual foi o motivo da morte de João. A vítima tinha algumas empresas que haviam sido roubadas pela mesma quadrilha várias vezes. O depoimento de “Fofão” não trouxe novidades.

Segundo Recalcatti, a maior parte do bando já está presa ou com mandado de prisão em aberto. Os detidos serão ouvidos nos próximos dias, e os foragidos procurados, para ajudar a polícia a encerrar o inquérito sobre a morte de João.