Um galpão abandonado na Rua Francisco Bertoldi, Vila Beloar, na CIC, foi o cenário do assassinado de Wagner Henrique Deodatto, 26 anos, às 20h50 de quinta-feira. O rapaz foi executado com três tiros – no crânio, abdômen e ombro direito. Os moradores da casa ao lado do galpão permaneceram com a porta trancada ao ouvir os disparos, e ninguém testemunhou o crime.
Depois que tudo acalmou, outro morador da rua que também ouviu os tiros foi ver o que acontecia, quando se deparou com Wagner, agonizando, e chamou o Siate, que nada pôde fazer pela vida do rapaz. Fernando Henrique de Moura, morador próximo, contou que sempre via Wagner andando a pé e de bicicleta pela localidade, nos últimos quatro meses. Nas poucas conversas que teve com a vítima, Wagner lhe contou que morava em São Paulo, "que era sossegado e não gostava de ?fervo’, era trabalhador". Fernando não soube informar com o que a o rapaz trabalhava.
Em um dos bolsos a vítima havia o cartão de uma concessionária de motos, como se tivesse a intenção de compra do veículo. Bem vestido e usando tênis caro, Wagner não deve ter sido vítima de latrocínio, conforme análise dos investigadores Lopes e Renato, da Delegacia de Homicídios. Segundo os policiais, há a hipótese de crime motivado por acerto de contas por drogas.
Coincidência
Uma semana antes, na quarta-feira, dia 12, Fábio Raimundo, 24 anos, que é morador na mesma rua e quadra onde Wagner foi morto, foi executado de forma semelhante, com três tiros. Porém, Fábio foi morto um pouco adiante daquele local, na "Rua do Valetão", do outro lado da Avenida Juscelino Kubitschek de Oliveira. Apesar da coincidência e proximidade de endereços, e do curto espaço de tempo entre um assassinato e outro, os investigadores da DH não encontraram outras evidências que interligassem os dois crimes.