Ao tentar evitar que uma briga terminasse em tragédia, o pedreiro Ari José Gomes da Silva, 33 anos, interferiu na situação e levou dois balaços no peito. Morreu em frente a uma lanchonete que fica dentro do terminal de ônibus de Rio Branco do Sul, na Rua Domingos de Faria. Os envolvidos na briga, que discutiam por causa de um cavalo, fugiram e não foram localizados pela polícia.
Essas são as primeiras informações obtidas pelos policiais militares Richard e Reikdal, do 17.º BPM, e pelo delegado da cidade, Eduardo Castella. Apesar do homicídio ocorrer num horário de grande movimentação de passageiros no terminal e de vários estabelecimentos comerciais estarem funcionando no momento, quando a polícia chegou ninguém quis comentar o ocorrido. As lojas cerraram suas portas e o proprietário da lanchonete onde teria iniciado a discussão desapareceu.
Seis filhos
Segundo o pai da vítima, Santino Gomes da Silva, que estava desolado no local, Ari não tinha problemas com drogas nem rixas antigas. “Ele era um homem trabalhador. Tinha seis filhos para sustentar e saiu cedo de casa em busca de trabalho como pedreiro”, contou. O pai acredita na hipótese de que uma discussão de boteco possa ter resultado na morte do filho. “Espero que a polícia trabalhe e descubra quem matou o Ari.”
O delegado Castella disse que há um conflito nas informações que chegaram até ele sobre o homicídio e que as hipóteses serão investigadas. “O que sei até agora é que a vítima não estava envolvida na discussão e ao tentar separar os homens recebeu os tiros. A discussão seria por causa de um cavalo mesmo”, explicou o policial. Três homens foram vistos saindo correndo do local após o disparo. Um vestido de preto, outro com camisa xadrez e calça jeans e mais um com bermuda e camiseta cinza.
Comida
Ari foi alvejado por dois tiros no peito, mas um deles pegou de raspão. Um cartucho de calibre 38 foi recolhido no local pela Polícia Científica. Ao lado do corpo estava um pacote de compras que a vítima estava levando para alimentar os filhos em casa. Ele estava voltando mais cedo para ajudar o pai a carregar lenha, conforme relatou Santino.
O caso está sendo investigado e o delegado pede para que as pessoas que tenham informações sobre os autores que entrem em contato com a delegacia através do telefone 652-2395.