Pela segunda vez o encanador José Rodrigues de Brito, 64 anos, terminou um relacionamento amoroso matando a mulher. Na manhã de ontem, após uma crise de ciúmes, ele degolou Paula Cristina Mateus, 39, e tentou suicídio, cortando os pulsos e inalando gás. O crime aconteceu na residência do casal, na Rua Alberto Leschkau, Capão Raso. Em 1999, ele já havia sido preso suspeito de matar a esposa.
No fim da manhã, o chefe da mulher estranhou sua falta no trabalho. Por volta das 11h, ele ligou para o irmão de Paula, que foi até a casa dela. Pela janela, ele percebeu que os dois estavam desacordados no quarto, envoltos em muito sangue. A Polícia Militar e o Samu constataram que Paula estava morta, com o pescoço cortado com uma faca de cozinha. José ainda respirava e foi levado pelos socorristas, sob escolta policial, até o Hospital do Trabalhador. Ele passa bem.
De acordo com o capitão Murbach, do 13.º Batalhão da PM, depois de matar a esposa, José cortou superficialmente os pulsos, caminhou até a parte de trás da cozinha, cortou a mangueira do botijão de gás, e arrastou o equipamento até o quarto. No caminho, deixou rastro de sangue. O encanador deitou de bruços, ao lado da cama onde estava o corpo da esposa, à espera da morte, mas foi salvo.
Relação
Conforme informado pela polícia, José ficou cinco anos preso pela morte da primeira esposa, em 1999. Após deixar a cadeia, conheceu Paula e recomeçou a vida, prometendo que seria diferente. Embora o casal já estivesse junto há algum tempo, as brigas eram constantes, principalmente por causa do ciúme de José.
Pedro Mateus, pai de Paula e sargento reformado da PM, contou que a filha já tinha decidido sair de casa. “Ela ia se mudar no sábado”, contou. Paula teria dito a José que, mesmo morando em outro lugar, não o abandonaria, e ele tinha aceitado a separação.
De acordo com a polícia, em maio de 2010, José registrou um boletim de ocorrência contra Paula. Ele alegou que ela estaria tentando agredi-lo com um pedaço de pau, porque exigia a separação.