Pelo menos 10 tiros foram disparados contra o aposentado Francisco Felício Carvalho, 44 anos, o “Chiquinho”, quando ele deixava a casa de sua amante, na madrugada de domingo. Ele morreu no quintal da residência, na Rua Renê Alberto Emílio Conter, Vila Verde II, Cic. O motivo da execução é mistério para a polícia e para a família dele.
Na noite de sábado a mulher da vítima foi ao shopping, comprar o presente para o Dia dos Pais. Escolhia uma jaqueta quando ele lhe telefonou: “Vou participar de um campeonato de truco e devo chegar mais tarde”. A mulher acreditou, concluiu a compra e voltou para casa, no Boqueirão, para preparar com antecedência o almoço de domingo. Ao terminar de montar uma lasanha, por volta da 1h30, a filha deles, de 16 anos, preocupada com a demora do pai, resolveu ligar para ele.
Alguém atendeu o telefone e deu o recado: “acabaram de matar seu pai”. Ela, a mãe e a irmã, de 21 anos, ficaram em estado de choque. Descobriram que ele havia saído da casa da amante, com quem mantinha um relacionamento há anos. “Ela pegou minhas filhas no colo. Éramos vizinhas e amigas e, quando descobri o que estava acontecendo, mudei de lá com minha família. Achei que tudo entre eles já tinha acabado”, disse a mulher.
Crime
“Chiquinho” foi morto a tiros por alguém que o esperava do lado de fora da casa. O indivíduo, encapuzado, nem esperou o aposentado abrir o portão. Disparou a saraivada de tiros sem dizer qualquer palavra. Segundo parentes de “Chiquinho”, ele não tinha inimigos nem envolvimento com drogas ou outros crimes. Perdeu a visão de um dos olhos e era aposentado por invalidez.