Um rapaz identificado apenas como Marcelo, de aproximadamente 22 anos, foi baleado no pescoço e morreu na tarde de sábado (24), no Boqueirão. O crime foi no final da Rua Irmã Maria Pinheiro Araújo, próximo à esquina com a Rua Bley Zornig.
Além do pescoço, Marcelo foi atingido por tiros no braço e perna, em cima da linha do trem. Ele cambaleou até o final da Rua Rua Irmã Maria Pinheiro Araújo, que termina na linha, onde tombou e recebeu socorro de alguns conhecidos. Mas o jovem perdeu muito sangue e não resistiu até a chegada do Siate. O sangue ficou fartamente espalhado pelas poças de água nos cantos da rua, já que tinha chovido momentos antes.
Junto com Marcelo, a princípio, estavam mais quatro pessoas, os três amigos que o socorreram e sua amásia. Os amigos sumiram depois que viram que o jovem estava morto. Já a mulher não conseguiu contar nada, pois estava entorpecida pelo uso de drogas. O grupo, segundo ela, fumava pedras de crack nos trilhos quando o assassino se aproximou e atirou em seu namorado. Ela afirmou a investigadores da Delegacia de Homicídios que não sabe dizer quem é o atirador, nem descevê-lo. No entanto, pelo histórico do rapaz, o delegado Rubens Recalcatti acredita que Marcelo foi morto por deixar alguma dívida com traficante.
Marcelo, apurou o delegado, veio de Paranaguá e vivia perambulando por ali, ao redor dos casebres à beira dos trilhos, junto com sua namorada. Ambos viviam de favores, fumando crack e ganhando comida dos moradores próximos, que os ajudavam. A vítima tinha uma tatuagem no antebaço esquerdo, escrito “Gabriel”, e um cachimbo de crack no bolso.