Monstro

Homem diz que queria cuidar do bebê que matou

A menina de cinco dias, morta a pancadas por Benedito Júlio Pereira dos Santos, 27 anos, não era filha dele. Apesar disso, a polícia conta que o padrasto queria cuidar da criança. No sábado pela manhã, porém, o bebê foi registrado em cartório pelo pai biológico. Á noite, Benedito partiu para cima da mulher, que carregava a recém-nascida no colo. A criança teve afundamento de crânio e morreu a caminho do hospital. Benedito foi preso em flagrante, e levado para o Centro Integrado de Atendimento ao Cidadão (Ciac-Sul).

 

Ele e a mãe da criança viviam numa casa alugada no Pinheirinho há cerca de dez dias. O casal está junto há aproximadamente sete anos e tem três filhas, com idades de 2 a 6 anos. No início do ano, poucos meses depois de Benedito ter feito vasectomia, os dois se separaram por alguns meses por causa das constantes brigas e agressões.

 

Gravidez

Nesse período, a garota ficou grávida e escondeu a gravidez até mesmo da família, o que foi confirmado pela mãe dela ontem à tarde. Depois de alguns meses, o casal reatou o relacionamento, pois Benedito não conseguia ficar longe das filhas, como contou Geni dos Reis, proprietária da residência onde o casal morava.

Segundo Geni, as filhas do casal presenciaram as agressões. O genro dela foi quem apartou a briga e segurou Benedito. “Tinha mais de cem pessoas querendo bater nele”, contou. A avó da criança contou que a filha escondeu a gravidez de todos. Ontem, porém, a jovem afirmou ter contado ao marido a verdade sobre a paternidade da criança. Segundo ela, a reação de Benedito foi outra e ele teria afirmado que queria registrar o bebê em seu nome.

Prisão

Segundo o delegado Adriano Ribeiro, do 7.º DP, que estava de plantão no Ciac-Sul, o inquérito foi concluído. O delegado confirmou, com base nos depoimentos, que Benedito assumiria a criança, porém, o casal começou a discutir. No dia do crime, o padrasto teria bebido e chegou em casa agredindo a mulher e o bebê.