Em plena luz do dia, e em frente a várias testemunhas, um homem foi friamente executado a tiros, ontem à tarde, em Araucária. A vítima não portava documentos e no local ninguém soube identificá-lo.
Pelo menos cinco testemunhas assistiram ao assassinato e relataram aos policiais militares o que viram. Passava pouco das branca desgovernada subiu no barranco da Rua Valério Sobania, em frente à Lanchonete do Bosque, no Jardim Califórnia, e parou. O carro seguia em direção à represa do Passaúna, que fica a menos de 200 metros dali. Pessoas que voltavam de pescarias e passeios, no sentido contrário, presenciaram a cena macabra: três homens saíram da Ipanema 16h30 quando uma Ipanema arrastando e esbofeteando um outro. Cruzaram a rua e atiraram diversas vezes na vítima, jogando o corpo à beira da estradinha, e fugiram.
“Toca, toca, vai em frente”, foi o que disseram os assassinos a uma das testemunhas, que se identificou como Lourival. “Parei pra ver o que era. Pensei que aquele carro no barranco era acidente. Quando vi que estavam armados, tratei de me mandar”, completou.
Placa
As testemunhas repassaram aos policiais militares a placa da Ipanema: AEU – 3567. Outras pessoas que estiveram no local reconheceram a vítima como sendo um homem que, na noite anterior, estivera no Bar do Zezinho, no Jardim Xangai, não muito longe dali, mas ninguém soube dizer o nome dele. Nas roupas da vítima não havia documentos, apenas um papel com nomes e telefones, mas nenhum tinha o prefixo de Araucária.
Os indícios são de que os assassinos pretendiam levar a vítima até o Passaúna, onde seria executado e desovado, mas possivelmente por ter reagido ainda dentro do carro, o homem foi morto apressadamente, no caminho. De acordo com o exame preliminar da perita Jussara Joeckel, o homem levou três tiros – dois na cabeça e um no peito. Trajava calça jeans, camiseta verde com blusa de moleton preta, tênis, era magro e alto e tinha pele moreno-escura. A polícia deverá aguardar a identificação oficial no IML para iniciar as investigações.