Helicóptero já fez 14 remoções na operação Viva o Verão

A tripulação do helicóptero Falcão I, disponibilizado pelo governo do Paraná para atuar na operação Viva o Verão no litoral, totalizou no fim de semana 14 remoções de vítimas de diversos tipos de trauma e de complicações clínicas para unidades de saúde.

O pronto-atendimento salvou a vida de uma garotinha de 5 anos de idade que foi levada para um hospital de Curitiba em apenas 28 minutos. Ela foi atropelada e seu estado de saúde era muito grave, apresentando hemorragia interna e com grande perda de sangue. Outras duas pessoas foram removidas para Paranaguá: um homem com suspeita de infarto e outro com suspeita de envenenamento.

A aeronave vem sendo utilizada de forma diversificada, atendendo a solicitações da Polícia Militar, incluindo o Corpo de Bombeiros e o Batalhão de Polícia Rodoviária, bem como de outros órgãos governamentais. Mas são os transportes emergenciais de vítimas graves a centros médicos de alta complexidade que demonstram a eficiência do equipamento no atendimento a quem está no litoral nesta temporada.

Somente no último domingo (6) foram feitos três transportes de vítimas. O helicóptero ainda é usado no monitoramento do trânsito nas estradas, onde o fluxo de veículos no fim de semana é grande, gerando a necessidade de um acompanhamento mais eficiente do tráfego.

De acordo com o tenente Leonardo Mendes dos Santos, a garotinha atropelada em Guaratuba, que apresentava lesões graves no abdômen, tórax e quadril, além de fraturas diversas, deixou o quartel do Corpo de Bombeiros em Guaratuba às 16h15 e receberia o atendimento das equipes do Hospital Cajuru, em Curitiba, às 16h43.

?Por meios convencionais, como uma ambulância por exemplo, esta remoção demoraria pelo menos duas horas, o que poderia comprometer o quadro clínico dela, que perdia muito sangue em função de uma hemorragia?, relatou Leonardo. Nesta segunda-feira (7), o tenente verificou, junto ao hospital, que a menina já se recuperava bem do trauma.

O helicóptero pode levar até duas vítimas por vez. Um médico sempre acompanha as remoções, juntamente com o piloto. Quando as duas vítimas podem ser levadas para o mesmo centro médico, conforme a complexidade necessária para o atendimento de cada caso, o ganho de tempo é ainda maior.

Foi o que ocorreu também no domingo (6), nas outras duas remoções. Um homem de 52 anos, com suspeita de infarto, foi levado a partir do quartel do Corpo de Bombeiros, em Matinhos, às 19h. A aeronave seguiu para Guaratuba, onde apanhou um homem de 55 anos, com suspeita de envenenamento, de onde decolou às 19h10. Em 25 minutos, os dois chegaram no hospital em Paranaguá.

O tenente Leonardo explicou que diversos protocolos internacionais de atendimento às síndromes coronarianas agudas orientam que o atendimento cardiológico, dentro de um centro médico de alta complexidade, deve ser iniciado nas primeiras três horas após os sintomas serem detectados.

Ele relatou ainda que as vítimas de trauma grave, conforme o que preconiza o Colégio Americano de Cirurgiões, devem chegar aos centros médicos nos primeiros 60 minutos após o acidente. ?O transporte rápido de uma vítima de trauma pode significar a diferença dentre a manutenção da vida da pessoa e a morte?, comparou o tenente.

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