Guerra entre gangues faz mais uma vítima

A guerra entre grupos inimigos deixou mais um corpo estendido na Vila das Torres, Jardim Botânico. O mecânico Edival da Silva Possidoni, 24 anos, foi morto a tiros, às 9h30 de ontem, numa construção da Avenida Comendador Franco, esquina com Rua Aquelino Orestes Baglioli, local onde pretendia morar com a esposa e montar uma oficina. Um morador do bairro conhecido como “Inaldo”, que teria agido por vingança, é o principal suspeito do crime.

Edival, que vivia na Vila das Torres há um mês, veio visitar a futura moradia e local de trabalho. Um Kadett bordô parou próximo à construção e de dentro saltou um rapaz. Segundo o soldado Rui, da Polícia Militar, seria Reinaldo Lara, também chamado de “Inaldo”.

“Não houve discussão. Ele bateu na porta atirou na vítima”, relatou o PM. Atingido por quatro tiros de pistola calibre .40, arma de uso restrito da polícia, Edival morreu na hora. O PM afirmou que, além da mulher da vítima, transeuntes informaram a identidade do autor.

Vingança

O suspeito do crime é irmão de Ronaldo Neves de Lara, o “Ronaldinho”, morto a tiros em frente ao posto de saúde da Vila das Torres em 24 de fevereiro deste ano. “Ronaldinho” seria chefe uma gangue suspeita de envolvimento com homicídios e tráfico de drogas. Dias após o crime, um garoto de 17 anos – que faria parte de um grupo inimigo -, foi detido como autor da morte de Ronaldo. Edival é parente deste adolescente, o que leva a família e a polícia a acreditar em vingança.

“Não puderam pegar o garoto, que está preso, e mataram Edival de graça. Poderia ter sido eu ou minha filha”, falou Nélson Batista, 45 anos, sogro da vítima. Segundo ele, o pai de “Ronaldinho” já havia jurado vingar a morte do filho, e o assassinato do mecânico seria parte da promessa. Embora não revele os motivos, o sogro conta ainda que Edival fugiu da vila há cerca de um ano, por estar sendo ameaçado e até sua residência foi incendiada criminosamente.

Edival passou o período em Santa Catarina até que decidiu retornar ao bairro em abril. “Voltou para morrer”, lamentou o sogro, que chegou a dizer que haverá mais mortes na Vila das Torres. “Vou começar a andar armado. Se eu cruzar com quem pretende me matar, terei que atirar antes”, disse o homem.

A Delegacia de Homicídios procura agora o suspeito do crime.

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