Menos de uma semana após a instalação da primeira das quatro Unidades Paraná Seguro (UPS) previstas para a Cidade Industrial, guardas municipais que participam da ocupação das vilas reclamam da falta de condições de trabalho e de efetividade na ação. O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc) recebeu denúncias sobre falta de banheiro, de alimentação e de equipamentos de trabalho. Também foram encaminhadas reclamações sobre a ausência de policiais militares na UPS, sobretudo, durante a noite.

continua após a publicidade

“O governo e a prefeitura querem instalar à toque de caixa as 10 UPSs prometidas até o final do ano, mas sem se preocupar com a efetividade da ação e a estrutura de trabalho”, avaliou um dos guardas envolvidos na ação, que não quis ser identificado. “São duas viaturas, com dois policiais em cada uma para dar conta da região mais violenta da cidade. Não há como ter efetividade ou coibir o tráfico com um efetivo reduzido, munido de arma calibre 38 milímetros e não 12 milímetros como foi anunciado”, acrescentou.

Ofício

Segundo o diretor do Sismuc, Diogo Monteiro, o sindicato já encaminhou um ofício à prefeitura, informando sobre a precariedade das condições de trabalhos, mas não obteve resposta. “Constatamos que realmente difícil de trabalhar na CIC. Somente na primeira UPS o governo se preocupou com essa logística”, afirmou.

A Secretaria Municipal da Defesa Social, no entanto, informou que até o final da tarde de ontem não tinha sido procurada pelo Sismuc para tratar sobre o assunto. Em nota, a secretaria explicou que “os agentes da Guarda Municipal que trabalham nas áreas ocupadas pelas UPSs na CIC têm jornada de seis horas de trabalho e utilizam a própria estrutura da UPS”. Ainda no comunicado, a secretaria disse que “como o serviço não se restringe a um ponto fixo eles também têm acesso livre a todos os equipamentos públicos do município na região”.

PM

continua após a publicidade

O subcomandante-geral da PM, César Alberto Souza, negou que haja poucos policiais militares na UPS. “A PM está organizada em quatro turnos, jornada menor que a guarda, mas realizando um trabalho intenso de abordagem e patrulhamento. O que há por trás dessa acusação é um problema entre Sismuc e prefeitura”, disparou.