Greve não é dos agentes penitenciários

Os agentes penitenciários do Paraná não estão em greve. A paralisação, que acontece desde o último dia 27 de dezembro, feita por alguns membros da Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP) envolve apenas os agentes de disciplina privados, contratados pela empresa Montesinos, que presta serviço ao governo do Estado. O presidente do Sindicato dos Agentes do Sistema Penitenciário do Paraná (Sindarspen), José Augusto Müller, esclareceu que o movimento é apenas dos funcionários terceirizados. “Os agentes penitenciários estaduais nunca entraram em greve”, afirmou Müller.

O presidente do Sindarspen destacou que em nenhum momento os agentes participaram de qualquer movimentação de greve. Ele alegou que a paralisação dos agentes de disciplina terceirizados da PEP pode inclusive atrapalhar o trabalho e a segurança dos agentes penitenciários em todas as outras prisões do Estado. “Os detentos sabem do movimento e isso pode acabar tumultuando o ambiente nas prisões e oferecer risco para os agentes. Além disso, não concordamos com a greve pelo momento de transição governamental que o Estado passa e pela data. No final e começo de ano, o número de visitas aumenta”, destacou o sindicalista.

Hoje, o Paraná conta com cerca de 1,4 mil agentes penitenciários servidores públicos. Eles estão presentes na Penitenciária Estadual de Londrina (PEL), Penitenciária Estadual de Maringá (PEM), Penitenciária Central do Estado (PCE), Prisão Provisória de Curitiba, Penitenciária Feminina de Piraquara, Penitenciária Feminina de Regime Semi-aberto, Colônia Penal Agrícola (CPA), Centro Médico Penitenciário (CPM) e Centro de Observação e Triagem (COT).

Negociação

O impasse só deve ser resolvido na próxima semana, quando o novo diretor do Departamento Penitenciário do Estado (Depen), coronel Justino Henrique Sampaio Filho, receberá a presidente do Sindicato dos Servidores e Trabalhadores do Sistema Penitenciário do Estado do Paraná (Sinssp),Sandra Márcia Duarte. “Vamos pedir para que o Depen intermedie a negociação do sindicato com a terceirizada”, afirmou Sandra, na última quinta-feira após conversa prévia com o coronel Justino. Os 60 agentes de disciplina que aderiram ao protesto continuam em greve.

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