Golpe do título protestado dá cadeia para vigarista

Publicações em jornais relacionando empresas protestadas ou que têm depósitos para efetuar estão motivando espertalhões a aplicar golpes na cidade. Um deles, Carlos Roberto da Silva, foi preso por estelionato e furto de linha telefônica, no final da semana passada, e autuado em flagrante pela delegada Vanessa Alice, da Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas.

Os malandros entram em contato com a empresa e oferecem seus “serviços” para que as empresas não sejam protestadas. Para isso solicitam que seja efetuado um depósito bancário em um conta corrente. Depois, os espertalhões desaparecem. Só então o empresário descobre que foi lesado. Os malandros se identificam como oficiais de justiça ou cartorários.

Investigações

A delegada Vanessa Alice tem dois boletins de ocorrência semelhantes, mas ela acredita que o número de vítimas é muito maior. Segundo a policial, telefonou para o celular de uma das vítimas, que anotou o número. A partir daí, iniciaram-se as investigações.

De posse do número, os investigadores Facchi e Volnei apuraram que as ligações eram feitas de um telefone público, instalado na Região Metropolitana de Curitiba. Em campana no local, eles perceberam que um veículo passava várias vezes próximo ao orelhão. Apurado o nome do proprietário do carro, os investigadores descobriram que ele era técnico em telefonia. Na seqüência, a delegada solicitou mandado de busca em uma residência próxima do telefone público. “O técnico tinha feito uma ligação clandestina do orelhão para dentro da residência. Os golpistas furtaram a linha e faziam ligações gratuitamente. Carlos foi preso em flagrante. No local apreendemos jornais com nomes de empresas devedoras grifados, além de telefones e endereços de empresas”, salientou Vanessa.

Carlos confessou em interrogatório que aplicou o golpe em aproximadamente 15 pequenos empresários. “As investigações continuam para apurar outras pessoas envolvidas no golpe. Além de prendermos Carlos indiciamos o técnico de telefonia e a proprietária da conta corrente, que recebia um percentual para que o dinheiro fosse depositado em seu nome””, informou.

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