Um tiro na cabeça colocou fim na vida do adolescente Marcelo Martins, 16 anos, por volta das 16h30 de ontem. Ele tombou morto em frente a casa de um amigo, na Rua Ivanir Bonin da Rocha Cruz, Vila Iná, em São José dos Pinhais. Ao lado do corpo estava a arma, um garrucha. O caso ainda é um mistério para a polícia, que investiga duas hipóteses: homicídio ou suicídio.

A perita Jussara Joeckel, da Polícia Científica, examinou o local e disse que o quadro é típico de suicídio, mas ela não descarta a hipótese de o garoto ter sido executado e o autor deixado a arma do crime ao lado de sua mão para simular que Marcelo tirou a própria vida. “Só o exame de resíduos químicos irá determinar se foi suicídio ou homicídio. É difícil adiantar algo, sem o resultado dos exames”, salientou Jussara.

Tiro

Valdemir Vitório Pires, que reside na casa onde o garoto foi morto, contou que Marcelo passou a tarde tocando bateria com seus colegas de banda. “Era um bom menino. Estudava e nas horas de folga tocava bateria. Morava aqui perto e era querido pela vizinhança”, disse Valdemir. Ele relatou que o jovem parou de tocar bateria e ficou sentado na frente de sua casa, por alguns minutos com a cabeça baixa. “Perguntei se ele estava se sentindo bem e o Marcelo respondeu que estava com dor de cabeça”, acrescentou. Valdemir entrou na casa, onde o grupo de garotos ensaiava, quando ouviu um disparo. “Estava muito barulho, mas achei que foi um tiro. Saímos e vimos ele estendido no chão. Não sei se o Marcelo teria motivos para se matar. Era um bom garoto e tem um pessoal aqui na vila que implica com o ensaio dos garotos, por causa do barulho. Sei lá o que aconteceu, mas acho que o Marcelo não tinha motivos para tirar a sua própria vida”, comentou Valdemir. Nenhum vizinho viu o momento do disparo.

O caso está sendo investigado pela delegacia de São José dos Pinhais. Nos próximos dias serão ouvidos familiares e amigos do estudante, que deverão fornecer mais detalhes de sua vida.

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