CIC

Garota afirma que foi estuprada por taxista em casa

Uma corrida de táxi se transformou em caso de polícia, após a passageira relatar que pode ter sido abusada sexualmente pelo taxista e que ele furtou dinheiro e uma televisão de sua quitinete, no Augusta, Cidade Industrial. A estudante, de 20 anos, voltava de um bar e disse estar embriagada. Câmeras de segurança do prédio flagraram o momento em que o homem acompanhou a moça até a casa. Uma hora depois, ele aparece carregando a televisão e colocando-a no carro.

O proprietário do prédio conta que, na noite de sexta-feira, a universitária saiu com uma amiga, por volta das 19h. Elas foram a um bar na Avenida Manoel Ribas, Mercês. Perto das 23h, a moça tinha bebido muito e, por isso, pediu à amiga que lhe desse carona para ir embora.

Quando as duas chegaram ao local onde o carro estava estacionado, descobriram que dois pneus estavam furados. A amiga chamou o táxi, que estava parado na esquina, e colocou a estudante dentro. Em seguida informou o endereço ao taxista e ficou aguardando reboque para o carro. O táxi é um Logan, sem vínculo com central de rádio.

Ajuda

As imagens das câmeras de segurança mostram que taxista desce e ajuda a moça a sair do veículo. Ele segura o braço dela e a acompanha até o prédio. Com dificuldade, a estudante abre o portão e os dois caminham pelo corredor. Depois de uma hora, o taxista deixa o prédio com a televisão em mãos e coloca o aparelho no porta-malas.

“Ela disse que não se lembra de nada. Acordou na cama, completamente nua. O quarto estava revirado e o banheiro sujo. Sentiu falta da televisão e de R$ 1 mil do seguro-desemprego que ela tinha sacado no dia anterior”, descreveu a esposa do proprietário do prédio.

“O estado de embriaguez dela impediria que conseguisse tirar a roupa sozinha. Por isso supõe ter sido estuprada. Até já tomou a ‘pílula do dia seguinte’’, completou a mulher. No sábado, segundo ela, a estudante foi até o Ciac-Sul e registrou queixa.

BO

No entanto, os delegados do 5.º e do 6.º distritos policiais, que fizeram plantão no Ciac-Sul das 7h de sábado às 7h de domingo afirmaram não ter atendido a ocorrência. Na manhã de ontem, a mulher disse que a estudante foi à Delegacia da Mulher, com uma cópia das imagens das câmeras de segurança do prédio. No entanto, segundo a delegada Hastrit Greipel, da Delegacia da Mulher, até o fim da tarde de ontem a vítima ainda não tinha sido ouvida e não era certo que a investigação ficaria ali. Se a suspeita for que a intenção do taxista era furto, o inquérito pode seguir pela Delegacia de Furtos e Roubos (DFR).

Em entrevista à RIC TV, a jovem disse que pouco se recorda da madrugada de sábado. Ela afirma que o taxista gritou com ela por não se lembrar do próprio endereço. A moça relata que estranhou ter acordado nua, pois nunca dormiu sem roupa. O taxista também teria dado entrevista a uma emissora de televisão e dito que a televisão foi dada como pagamento pela corrida.