Fuzilado e degolado em estrada rural de Araucária

De pernas cruzadas, chinelos e segurando boné de um parque temático, um homem aparentando 50 anos foi encontrado morto a tiros, na manhã de sábado, às margens de uma estrada de terra da Colônia Ipiranga, área rural de Araucária. Além de atirar, os criminosos ainda “rasgaram” o pescoço da vítima, provavelmente com uma faca.

Por volta de 7h30, agricultores seguiam para o trabalho quando encontraram o corpo de um homem magro, com cabelos brancos, cerca de 1,70 m de altura. Eles chamaram a Guarda Municipal.

Quando os guardas Dimiclei, Lineu e Czarneski chegaram, os trabalhadores contaram que, por volta de 22h de sexta-feira, escutaram vários tiros e o som de carro deixando a região em alta velocidade. Os lavradores também disseram que a vítima, que não portava documentos, não morava na região.

Como na noite de sexta-feira fez frio e o desconhecido vestia apenas camiseta de um time de futebol da capital, uma bermunda branca e calçava chinelos, a polícia suspeita que ele foi tirado à força de dentro de casa e levado à estrada para ser executado.

Ao lado do corpo havia também uma carteira de cigarro e, num dos bolsos da bermuda, um cordão com algumas chaves, que podem ser da residência da vítima.

A polícia acredita que mais de uma pessoa participou do crime, umas vez que usaram duas armas distintas. No local o perito Claus, do Instituto de Criminalística, encontrou cinco cápsulas de calibre 380 deflagradas e uma intacta. Nenhuma arma branca foi localizada junto ao corpo.

O investigador Euzébio Pereira da Silva, da delegacia de Araucária, juntamente com o superintendente Clovis Pinheiro, observaram que pelo menos três tiros, dois na cabeça e um no peito, acertaram a vítima.

Por conta da magreza do homem, Clovis suspeita que ele era usuário de crack. “Possivelmente os assassinos foram até a casa da vítima para cobrar alguma dívida”, disse.

Um detalhe que pode ajudar na identificação é o desenho de uma sereia, feito à caneta, nas costas do morto. Para Clovis, essa é uma típica tatuagem de ex-presidiário.