Grande número de pessoas que tiveram armas apreendidas em inquéritos está preocupada com os furtos que aconteceram na Vara de Inquéritos Policiais, no mês passado.
Cerca de dez armas, de calibre 40 e outros semelhantes, além de 30 telefones celulares, desapareceram da sala de apreensões. Outros furtos de armas também aconteceram em varas criminais, no Centro Judiciário Santa Cândida, antigo Conglomerado Banestado. A Polícia Civil investiga os casos, mas até agora não descobriu a autoria (ou autorias).
O temor dos proprietários de armas apreendidas é de que elas estejam em mãos de bandidos e que sejam usadas em roubos ou assassinatos. É o caso de um policial militar, cuja pistola modelo PT-58-S, calibre 380, com carregador, avaliada em R$ 2.500,00 (de propriedade particular), foi apreendida há mais de dois anos, quando ele se envolveu em tiroteio com bandidos e dois criminosos foram mortos. A pistola seguiu para o Instituto de Criminalística, depois para a delegacia que instaurou o inquérito e, por fim, à Vara de Inquéritos Policiais.
O inquérito foi arquivado e, desde fevereiro de 2009 (antes da mudança da vara do prédio da Avenida Marechal Floriano para a Santa Cândida, ocorrida em julho daquele ano), ele tenta recuperar a pistola. Fez o devido pedido de restituição da arma e este foi deferido pelo juiz, só que até agora a pistola não foi encontrada.
Providências
O prédio do Santa Cândida não tem sistemas de segurança, como portas com detector de metais, reforço nas fechaduras, alarmes ou qualquer dispositivo que possa inibir a ação de ladrões, principalmente nos fins de semana.
O funcionários confidenciam temer trabalhar lá, não só pelo risco que correm, mas pelos procedimentos administrativos que respondem, até com risco de demissão, toda vez que acontece um furto.
O responsável pela solução do problema é o Tribunal de Justiça, que, diante das denúncias, informou ontem, através de sua assessoria de imprensa, que “está se inteirando do fato e coletando as informações necessárias para, após estudos técnicos pertinentes, tomar as providências necessárias”.